Foto: Brasil 2016 |
A delegação olímpica de natação, com um recorde de 33 atletas,
iniciará a aclimatação para os Jogos Olímpicos de 2016 em 24 de julho
com o desafio de mudar a rotina. Quando se apresentarem no Centro de
Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, os atletas iniciarão
um período com horários diferentes do habitual para treinos, descanso e
refeições.
A proposta é já se acostumar com o horário das provas
olímpicas: semifinais e finais vão ocorrer a partir das 22h, o que é
inédito.
“Esse é um fator que vai pesar, não tenho dúvidas. São oito dias de
competição, quem vive isso sabe que traz um cansaço físico e emocional.
Mais do que o horário, é o cansaço nos dias posteriores, e isso vai ser
complicado para quem nada muitas provas, pelo desgaste que você vai
acumulando”, disse Ricardo de Moura, superintendente executivo da
Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
A rotina adaptada ao Rio 2016 inclui jantares às 23h, horário mais
tarde para dormir e lanches em horários diferentes. Uma clínica do sono
será realizada em São Paulo para a educação corporal. “Eles vão ter
exposição à luz do dia quando já não tem mais luz do dia, vão usar
óculos especiais, teremos uma série de estratégias para comer e dormir,
para estar bem azeitado nesse aspecto”, explicou Moura.
A caminho da terceira edição de Jogos Olímpicos, Nicolas Oliveira
tenta encarar a mudança sem se preocupar demais. “A gente já competiu em
Pequim 2008, por exemplo, onde o fuso horário era muito pior. Mas já
aprendemos um pouco mais da questão da luz, do horário, é quando a gente
já está diminuindo a temperatura corporal, não é o melhor momento para
competir. Mas sei que estão sendo tomadas todas as providências para
minimizar esse problema, eu como atleta vou acompanhar o que eles nos
colocarem, mas sou bem tranquilo, tento não ficar preocupado demais,
tento não me estressar”, disse o atleta, classificado para os 100m e
200m livre e para os revezamentos 4x100m livre e 4x200m livre.
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