Foto: Brasil 2016 |
O maior esquema de segurança da história do País será executado
durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Para garantir a integridade dos
atletas, turistas e da população das cidades que vão receber as
competições, Ministério da Defesa, da Justiça e a Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) se articulam e vão colocar em prática a ação
integrada que vai contar com 85 mil homens. Destes, 47 mil fazem parte
do aparato segurança pública, defesa civil e ordenamento urbano e 38 mil
das Forças Armadas.
Com um investimento de R$ 350 milhões do governo federal, os três
eixos (segurança pública, defesa e inteligência) da ação integrada
começaram a se organizar ainda em 2007, quando o Brasil recebeu os Jogos
Pan-Americanos. Desde então, o Brasil vem adquirindo expertise na
segurança para grandes eventos.
A experiência com a Copa das Confederações, a Jornada Mundial da
Juventude, a visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro (2013) e a Copa
do Mundo de 2014 faz o general Luiz Felipe Linhares, assessor especial
para grandes eventos do Ministério Defesa, acreditar que o esquema
preparado para os Jogos dará certo.
"Nós vamos atuar todos juntos. É uma integração desses três eixos que
vai possibilitar o nosso cumprimento da promessa de candidatura, que é
um ambiente seguro e pacífico para os Jogos. Nesse Pese (Programa
Estratégico de Sistemas Espaciais), consta uma série de atividades que
são exclusivas da Defesa, outras atividades são exclusivas da Segurança
Pública e outras da Inteligência. Mas existem algumas outras que são
resultados da integração", afirma.
O suporte às ações de segurança pública nacional e regional será
feito pelos Centros Integrados de Comando e Controle (CICC). Haverá um
nacional, em Brasília, e um em cada uma das quatro regiões de competição
(Barra, Copacabana, Deodoro e Maracanã), no Rio, e ainda centros
menores em cada instalação esportiva e de grande porte.
Além desses, também haverá unidades para questões específicas, como o
centro de inteligência para serviços estrangeiros e o centro de
inteligência de combate ao terrorismo.
Enfrentamento ao terrorismo
O esquema de segurança para os Jogos Olímpicos também levou em
consideração a possibilidade de ameaças terroristas ao País, mesmo o
Brasil não tendo histórico de atentados. "O enfrentamento ao terrorismo
surgiu da necessidade de reconhecer que o terrorismo é uma ameaça no
mundo. Não é uma ameaça só no Brasil. É uma ameaça no mundo. E cabe
lembrar que não existe um histórico de terrorismo no Brasil, mas muitas
das equipes, das delegações que vêm, são provenientes de países em que
há histórico de ações terroristas. Por isso, a gente, em integração com
esses países, com os sistemas de inteligências desses países, está
preparando as nossas forças por meio de treinamentos conjuntos, por meio
de inteligência conjunta", diz o general Luiz Felipe Linhares.
O enfrentamento ao terrorismo também contará com o apoio da
população. O Ministério da Defesa, em parceria com os demais órgãos
envolvidos na operação de segurança, deu início a uma campanha de
sensibilização da população para prevenção de ameaças terroristas nas
cidades onde serão realizadas competições olímpicas. Além do Rio, Belo
Horizonte, Brasília, Manaus, São Paulo e Salvador receberão partidas dos
torneios de futebol. A campanha prevê a distribuição de cartazes e
panfletos para alertar as pessoas a estarem mais atentas a situações
suspeitas.
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