Foto: CBV |
A temporada no Japão acabou e, depois de defender o Suntory Sunbirds,
o oposto Evandro Guerra chegou ao Brasil, teve um dia e meio em casa e
já se apresentou no Centro de Desenvolvimento de Voleibol, em Saquarema
(RJ). Treinando desde a última segunda-feira (09) com o grupo
comandado pelo técnico Bernardinho, Evandro chegou praticamente no mesmo
ritmo e, quatro dias depois, garante que já se sente totalmente
adaptado.
“Estou me sentindo muito bem, estou completamente feliz por ter sido
chamado para a seleção neste ano olímpico e por estar aqui. A parte de
não ter folga já estava dentro da programação. Isso não é um problema
quando se está na busca por uma vaga em dois campeonatos tão importantes
como a Liga Mundial e, principalmente, os Jogos Olímpicos”, afirmou
Evandro.
Depois de diversas convocações e passagens pela seleção brasileira,
Evandro esteve presente em toda a temporada passada, quando defendeu o
Brasil na Liga Mundial e no Campeonato Sul-Americano. O oposto conhece
bem o ritmo de trabalho de Bernardinho e a qualidade do grupo que faz
parte.
“O nível aqui é sempre muito bom. Só temos jogadores muito
qualificados e eu que tive que buscar esse nível, já que aqui temos
jogadores mais altos, mais fortes e tecnicamente melhores do que no
Japão. A readaptação tem que ser minha, mas isso é um trabalho fácil,
rápido e hoje já estou mais habituado do que segunda-feira, quando
cheguei”, explicou Evandro.
Sem a pausa entre as temporadas de clube e seleção, o jogador chegou
bem para os treinamentos. “O meu físico está bom e, também, como não
tive folga, não passei por aquele período em que o atleta fica parado.
Por isso, cheguei aqui em Saquarema fazendo até mais do que os que já
estavam aqui. Hoje já estou treinando normalmente junto com o grupo”,
disse o oposto da seleção brasileira.
Bernardinho analisa ano de 2016
Líder de tudo que envolve a seleção brasileira masculina de vôlei, o
técnico Bernardinho está completamente consciente da situação que
precisa controlar em 2016. O ano é de Jogos Olímpicos e em casa, no
Brasil, no Rio de Janeiro. Desde antes da convocação, a preocupação é
constante e não apenas com os adversários.
“Esse é um ano difícil por diversos motivos, mas primeiro pelo
aspecto humano. Geramos frustrações quando não convocamos quem está com
essa expectativa e vamos acabar com os sonhos de outros quando tivermos
de reduzir o grupo. Ao mesmo tempo, temos que ter a preocupação da
melhor performance possível. Temos que ter a equipe preparada. São
muitos aspectos a ser considerados”, esclareceu Bernardinho.
O treinador ainda falou sobre disputar os Jogos Olímpicos em casa.
“Ter a torcida a favor é positivo. O time tem que estar consciente que,
se der o máximo, a torcida vai junto. O vôlei é um esporte que tem
credibilidade, que historicamente conquista medalhas, e isso pode
aumentar um pouco a pressão. Os atletas têm que estar acostumados com
isso. Isso não pode tirar a concentração que um momento como esse
exige”, concluiu Bernardinho.
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