Foto: CBAt |
Corredores brasileiros alcançaram no domingo (15) índices olímpicos no segundo dia do Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, evento-teste da modalidade para os Jogos de 2016, que acontece no Estádio Olímpico do Engenhão.
Pela manhã, Lutimar Paes e Kleberson Davide conseguiram os índices exigidos nos 800
m (1:46.00) ao conquistarem as medalhas de ouro e de prata. Lutimar e Kleberson comemoraram muito o resultado ainda na pista, ao
constatarem as marcas no placar e logo no telão: 1:45.42 e 1:45.79,
respectivamente. O norte-americano Brandon Johnson, que puxou o ritmo da
prova, terminou em terceiro lugar, com 1:46.12.
"O grande objetivo aqui no Ibero-Americano era o índice e ainda consegui
a medalha de ouro", festejou o gaúcho Lutimar, de 27 anos, que chegou
na quinta-feira (12) de Paipa, na Colômbia, onde realizou um período de
três semanas de treinamento em altitude. "Entrei muito confiante na
prova e tudo deu certo", concluiu.
Kleberson também ficou aliviado com o índice. "Estava correndo atrás faz
tempo e sempre enfrentando problemas com lesões. Agora saiu. Vou dar
continuidade ao trabalho. Nunca abaixei a cabeça e agora veio a
recompensa", comentou o atleta paulista, de 30 anos, casado com a
velocista Franciela Krasucki, também qualificada para a Olimpíada.
Nos Jogos de Londres, em 2012, Kleberson não pôde competir em função de
uma virose contraída às vésperas do evento. "Tive febre, passei um dia
no hospital e acabei vetado pelo médico do Brasil. Foi uma das maiores
decepções de minha vida. Lutei tanto para chegar lá e não pude entrar na
pista", lembrou. "Agora, é escrever outra história."
Nos 800 m feminino, Liliane Mariano ficou com a medalha de bronze, com
2:07.06. A campeã foi a colombiana Rosibel Mina, com 2:07.06, seguida da
uruguaia Lorena Sosa, com 2:08.00.
No arremesso do peso, Geisa Arcanjo conquistou a medalha de prata, com
17,92 m. A vencedora foi a venezuelana Ahimara Espinoza, com 18,19 m,
enquanto o bronze ficou com a chilena Natalia Duco, com 17,45 m. Geisa
repetiu duas vezes o índice olímpico de 17,75 m: 17,91 m na segunda
tentativa e 17,92 m na sexta e última. "Estou feliz. Consegui fazer as
melhores marcas do ano no estádio que será palco da Olimpíada. Espero
superar logo a barreira dos 18 metros para chegar bem nos Jogos", disse a
paulista, que foi sétima colocada na Olimpíada de Londres.
Nas semifinais dos 200 m, Bruno Lins e Aldemir Gomes Junior
classificaram-se para a final desta segunda-feira (16), às 10:20. Bruno
venceu a série 2, com 20.56 (-0.2) e Aldemir ficou em terceiro lugar na
primeira, com 20.59 (1.6).
No feminino, Kauiza Venancio, Franciela Krasucki e Rosangela Santos
passaram para a final marcada para as 10 horas, também desta
segunda-feira. Kauiza ficou na segunda colocação na segunda série, com
23.35 (-0.3), enquanto Franciela terminou em terceiro, com 23.41, e
Rosangela em quinto, com 23.78, na primeira série (vento de -0.3).
Nos 110 m com barreiras, Gabriel Constantino (13.87), Eduardo de Deus
(13.78) e João Vitor de Oliveira (14.02) disputarão a final também nesta
segunda-feira, às 11 horas.
Jailma Sales de Lima obteve o índice olímpico nos 400 m ao
vencer a prova com o tempo de 51.99, a melhor marca pessoal da
temporada. "Estava querendo voltar a correr na casa dos 51.00 desde o
ano passado e finalmente consegui", comemorou a paraibana, de 29 anos,
que tem 51.66 como recorde pessoal. "Agora, vou ter mais tranquilidade
para treinar como foco exclusivo para a Olimpíada", completou.
Outro bom resultado foi obtido nos 400 m com barreiras, com Mikael Antonio de Jesus, que conquistou a medalha de prata, com 49.62. Aos 18 anos, o atleta paranaense quebrou pela terceira vez este ano o recorde sul-americano sub-20, ratificou o índice para o Mundial da Polônia, em julho, e se credenciou entre os favoritos para lutar por uma medalha na cidade de Bydgoszcz. Ele tem o segundo melhor tempo do mundo sub-20, ficando atrás somente do jamaicano Jaheel Hyde, com 49.16.
"Estou me sentindo muito confiante e melhorando meus resultados progressivamente. Hoje, não penso em Olimpíada. Meu foco é o Mundial Juvenil. Se conseguir o índice olímpico de 59.40 será consequência do trabalho realizado", disse Mikael, que tinha 49.82 como recorde. A melhor marca anterior da prova era de Eronilde Nunes de Araújo, com 50.15, desde 1989.
O uruguaio Andrés Silva ganhou o bicampeonato do Ibero-Americano, com 49.48, enquanto o espanhol Mark Ujakpor ficou com a medalha de bronze, com 49.65.
No salto em distância, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, teve dificuldades em acertar as marcas de corrida na pista e não conseguiu bom resultado. Ele acertou apenas dois dos seis saltos a que teve direito, terminando com a medalha de bronze, com 7,71 m (0.3). "O terceiro lugar é legal, mas o objetivo era o ouro", disse, sem esconder a decepção. "Sei que posso saltar mais longe", completou o bicampeão mundial indoor, que embarca na quarta-feira (18) para Rabat, no Marrocos, onde participa da etapa africana da Diamond League.
O uruguaio Emiliano Lasa, que treina com Nélio Moura, em São Paulo, ganhou a medalha de ouro, com 8,01 m (0.5), seguido do espanhol Jean Okutu, com 7,84 m (0.6).
Outras vitórias
Outro bom resultado foi obtido nos 400 m com barreiras, com Mikael Antonio de Jesus, que conquistou a medalha de prata, com 49.62. Aos 18 anos, o atleta paranaense quebrou pela terceira vez este ano o recorde sul-americano sub-20, ratificou o índice para o Mundial da Polônia, em julho, e se credenciou entre os favoritos para lutar por uma medalha na cidade de Bydgoszcz. Ele tem o segundo melhor tempo do mundo sub-20, ficando atrás somente do jamaicano Jaheel Hyde, com 49.16.
"Estou me sentindo muito confiante e melhorando meus resultados progressivamente. Hoje, não penso em Olimpíada. Meu foco é o Mundial Juvenil. Se conseguir o índice olímpico de 59.40 será consequência do trabalho realizado", disse Mikael, que tinha 49.82 como recorde. A melhor marca anterior da prova era de Eronilde Nunes de Araújo, com 50.15, desde 1989.
O uruguaio Andrés Silva ganhou o bicampeonato do Ibero-Americano, com 49.48, enquanto o espanhol Mark Ujakpor ficou com a medalha de bronze, com 49.65.
No salto em distância, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, teve dificuldades em acertar as marcas de corrida na pista e não conseguiu bom resultado. Ele acertou apenas dois dos seis saltos a que teve direito, terminando com a medalha de bronze, com 7,71 m (0.3). "O terceiro lugar é legal, mas o objetivo era o ouro", disse, sem esconder a decepção. "Sei que posso saltar mais longe", completou o bicampeão mundial indoor, que embarca na quarta-feira (18) para Rabat, no Marrocos, onde participa da etapa africana da Diamond League.
O uruguaio Emiliano Lasa, que treina com Nélio Moura, em São Paulo, ganhou a medalha de ouro, com 8,01 m (0.5), seguido do espanhol Jean Okutu, com 7,84 m (0.6).
Outras vitórias
Brasileiros conseguiram outras medalhas de ouro
na quarta etapa da competição. Nos 10.000 m marcha, Erica Sena
completou as 25 voltas na pista em 45:01.32, confirmando o seu
favoritismo. A pernambucana, que no dia 7 passado terminou em quarto
lugar no Campeonato Mundial de Marcha em Roma, na Itália, fez questão de
representar o Brasil.
"Vim defender a Seleção e aproveitei para conhecer o circuito olímpico da marcha no Recreio dos Bandeirantes", afirmou Erica, que mora em Cuenca, no Equador. "Achei o percurso bom. Agora volto para casa e vou retomar os treinos depois de uma sequência forte de competições", concluiu a atleta que em Roma bateu o próprio recorde sul-americano, com 1:27.18.
No lançamento do disco, Ronald Julião foi vencedor, com 59,56 m, seguido do espanhol Pedro Cuesta, com 57,37 m, e do também brasileiro Carlos Valle, com 54,81 m.
No salto triplo, dobradinha brasileira. Keila Costa foi a vencedora, com 14,01 m (-0.2), enquanto Núbia Soares ficou em seguida, com 14,00 m (0.1) - as duas atletas conseguiram as melhores marcas pessoais da temporada.
No pódio do decatlo, dois brasileiros. O ouro ficou com o argentino Roman Gastaldi, com 7.634 pontos. Alex Soares e Nicolas Nascimento ficaram com a prata e o bronze, com 7.330 e 7.002 pontos, respectivamente.
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