Foto: FIVB |
Pela terceira vez em 15 edições disputadas o Brasil conseguiu uma ‘dobradinha’, sagrando-se campeão nos naipes masculino e feminino do Campeonato Mundial Sub-21. Os títulos foram conquistados nesta segunda-feira (16.05), na cidade de Lucerna, na Suíça, com Duda/Ana Patrícia (SE/MG) e Arthur Lanci/George Souto (PR/PB). O país segue como maior vencedor do torneio, agora com 12 títulos.
Duda e Ana venceram na final as russas Makroguzova/Kholomina por 2
sets a 0, com duplo 21/18, em 33 minutos de partida. O bronze ficou com
as canadenses Megan e Nicole McNamara. Já Arthur e George superaram os
mexicanos Gaxiola e Rubio por 2 sets a 0 (21/17, 22/20), em 37 minutos
de partida. A medalha de bronze no naipe masculino foi vencida pelos
venezuelanos Tigrito e Peter
"Conquistar este torneio era um sonho, o Brasil não vencia o Mundial
Sub-21 no naipe feminino desde 2007 e conseguimos recolocar nosso país
no pódio. Mentalizei que iríamos ganhar, coloquei na cabeça que teria
que ir firme. Nos apontavam como favoritas, mas dentro de quadra é
preciso jogar bem e felizmente fomos capazes de levar o ouro", disse
Duda.
A campanha de Duda e Ana Patrícia no torneio foi perfeita: sete
vitórias e nenhum set perdido. Este é o primeiro título de Mundial
Sub-21 das duas atletas. Juntas, porém, já haviam vencido os Jogos
Olímpicos da Juventude, em 2014, na China. A sergipana Duda, que foi
eleita a melhor jogadora do torneio, possui ainda dois títulos do
Mundial Sub-19, conquistados em 2013 e 2014.
"Duda compartilhou este sonho comigo. Nos entregamos demais ao
campeonato, de corpo e alma. O resultado não poderia ser diferente,
nossa união fez a diferença. Estou muito feliz, espero continuar
trazendo títulos ao Brasil", declarou Ana Patrícia.
Arthur Lanci e George, que venceram os sete jogos disputados na
campanha, perdendo apenas três sets, repetiram 2014. Naquele ano, a
parceria do paranaense e do paraibano colocou o Brasil no pódio do
Campeonato Mundial Sub-19, em Portugal.
"Sabíamos que seria uma batalha. Qualquer time que chega à final tem
qualidade. Eles jogaram bem, mas fomos superiores e pudemos vencer. Foi
um grande torneio, tivemos um clima diferente do qual estamos
acostumados, com frio e chuva, mas nos adaptamos. A torcida foi incrível
conosco", declarou George após a decisão.
Final feminina
Duda e Ana Patrícia começaram
extremamente atentas, com grande volume de jogo e abriram 9 a 4,
forçando pedido de tempo da dupla russa. Makroguzova e Kholomina
melhoraram na partida, e reduziram a desvantagem para dois pontos, mas
não conseguiam encostar no placar. Administrando a liderança, as
brasileiras fecharam o primeiro set em 21 a 18, após largadinha de Ana
Patrícia no fundo da quadra.
O segundo set começou mais equilibrado, com os dois times trocando a
liderança no placar. Os ataques funcionavam bem para as duas equipes até
que, em erro de ataque de Makroguzova, as brasileiras abriram 17 a 14,
encaminhando a vitória no segundo set. Em ataque de Ana Patrícia na
diagonal, as brasileiras fecharam o set e o jogo em 21 a 18.
Final masculina
No masculino, Arthur e George
começaram a partida impondo o ritmo, com grandes contra-ataques do
paraibano. Logo no início eles abriram cinco pontos de diferença,
anotando 8 a 3. O time mexicano encostou no placar, reduzindo para 14 a
12. A dupla brasileira manteve a tranquilidade, continuou pontuando no
ataque e fechou o primeiro set em 21 a 17, com ataque de George no fundo
da quadra.
O segundo set, assim como na final feminina, foi mais equilibrado. Os
times trocaram a vantagem mínima no placar. No terceiro tempo técnico,
Gaxiola e Rubio Camargo venciam por 11 a 10. Os brasileiros não se
abateram e foram buscar o placar. Em bloqueio de George, viraram para 18
a 16. Gaxiola/Rubio salvou o primeiro match point, mas na segunda
chance, em largada no fundo de Arthur, fecharam o set e o jogo em 22 a
20.
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