E
teremos em 2015 a reedição da final do mundial passado. O Japão, mesmo sem ser
brilhante, venceu a Inglaterra com um gol no finalzinho e garantiu presença na
grande decisão, quando vai enfrentar a seleção americana. As japonesas mais uma
vez contaram com uma boa participação do setor de meio campo, mas com um ataque
pouco efetivo. Como em boa parte dos jogos, a maior participação no ataque se
deu com o avanço das laterais Ariyoshi e Sameshima, duas das grandes jogadoras
da Copa do Mundo. A Inglaterra, por sua vez, povoou o meio campo e buscou uma
jogada de contra-ataque com Toni Duggan e Jodie Taylor. E logo aos 40 segundos
quase a tática deu certo, mas o chute de Taylor passou à direita do gol de
Kaihori.
O
time inglês seguia bem na marcação do meio campo japonês, com a destaque Aya
Miyama participando pouco dos lances ofensivos. Parada na faixa esquerda, a
capitã apenas assistiu a muitos ataques no primeiro tempo, visto que a seleção
pretendia jogar mais pela outra faixa do campo, aproveitando o apoio de
Ariyoshi e a participação de Sakaguchi na armação de jogadas. E foi justamente
em uma dessas jogadas que saiu o lance do primeiro gol japonês. A
lateral-direita apareceu sozinha atrás da inglesa Rafferty, que parou a jogada
ofensiva japonesa apenas com falta. O lance foi fora da área, mas a árbitra
neozelandesa marcou pênalti. Na cobrança, Miyama deslocou a goleira Bardsley e
abriu o placar para a seleção Nadeshiko.
As
asiáticas pouco puderam comemorar, já que o empate veio poucos minutos mais
tarde. E, assim como no gol japonês, em um pênalti discutível. Fara Williams,
que não tem nada a ver com o novo erro da árbitra, cobrou forte e venceu a
goleira Kaihori, empatando o jogo. A partir daí, a Inglaterra foi melhor. Mesmo
sem uma participação ofensiva grande de Jodie Taylor, Toni Duggan e meias como
Jill Scott conseguiam levar perigo ao gol japonês. Duggan quase virou ainda no
primeiro tempo, mas a finalização de perna direita foi sobre o gol japonês.
Na
segunda parte do jogo, o domínio inglês era evidente. Um cabeceio de Jill Scott
em cobrança de escanteio passou raspando a trave, e se concretizou na melhor
chance das europeias nos 45 minutos finais. Mesmo com o domínio territorial, o
jogo não tinha muitas chances de gol. O Japão sentia ausência de Miyama da
partida, bem como a falta de qualidade em seu ataque. Mesmo demonstrando um
esforço comovente, Ogimi e Ohno pouco conseguiam segurar a bola no setor de
frente japonês, fazendo com que a partida esbarrasse demais no meio campo. Nem
mesma a entrada da talismã Mana Iwabuchi (mais uma vez dando uma velocidade até
então inexistente à seleção asiática) parecia evitar a prorrogação. E quando
tudo já se encaminhava para mais 30 minutos de jogo, um cruzamento de Kawasumi
pela direita foi desviado por Laura Bassett, zagueira inglesa. A defensora
encobriu a própria goleira e viu seu chute tocar o travessão, quicar dentro do
gol e sair. Era o gol da muito lamentada eliminação inglesa e o gol responsável
por colocar o Japão em sua segunda final de Copa do Mundo consecutiva.
Agora
as asiáticas disputarão a grande final no próximo domingo. A decisão acontece
às 20h, horário de Brasília. Já a Inglaterra enfrenta a Alemanha pelo posto de
terceiro lugar já no sábado, 17h (também pelo horário de Brasília).
Japão:
Ayumi Kaihori; Saori Ariyoshi, Azusa Iwashimizu, Saki Kumagai, Aya Sameshima;
Nahomi Kawasumi, Mizuho Sakaguchi, Rumi Utsugi, Aya Miyama; Shinobu Ohno (Mana
Iwabuchi) e Yuki Ogimi.
Técnico:
Norio Sasaki.
Inglaterra:
Karen Bardsley; Lucy
Bronze (Alex Scott), Stephanie Houghton, Laura Bassett, Claire Rafferty; Fara
Williams (Karen Carney), Jill Scott, Jade Moore; Katie Chapman; Toni Duggan e Jodie
Taylor (Ellen White).
Técnico:
Marc Sampson.
Gols:
Aya Miyama (Japão), aos 33min e Fara Williams (Inglaterra) aos 40 minutos do
primeiro tempo; Laura Bassett (gol contra para o Japão) aos 47 minutos do
segundo tempo.
Árbitra:
Ana-Marie Keighley, da Nova Zelândia.
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