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Vice do ranking mundial na categoria até 49kg, Patrick Lourenço é esperança para 2016


O boxe olímpico brasileiro sofreu um duro golpe após os Jogos Olímpicos de Londres, quando fez a melhor campanha da história. Os irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão, medalhistas na Inglaterra, partiram para o profissionalismo e não estarão no Rio de Janeiro em 2016. Mas a modalidade segue em crescimento. Um jovem carioca de 21 anos está na segunda posição do ranking mundial da categoria até 49kg: Patrick Lourenço. Nascido no Morro do Vidigal, Patrick se mudou para São Paulo há três anos, para compor a seleção brasileira. De origem humilde, o "Menino do Rio" destaca a importância do esporte em sua vida.

- Nunca pensei em ir para o tráfico. Meu pai faleceu quando eu tinha três anos. Tentei sempre ver o lado bom da comunidade, e tem muitos lados bons lá. O esporte me ajudou a não ir para maus caminhos - disse

O começo no esporte veio pela paixão por se mexer. No início, Patrick tentou o futebol, depois o tênis, mas foi pelo boxe que se apaixonou. Em pouco tempo, foi chamado pela Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) para morar em São Paulo, junto com a seleção, em uma casa oferecida pela entidade.

- Moro na casa com os boxeadores, é uma bagunça, mas é muito legal ao mesmo tempo - explicou o atleta da categoria até 49kg, quinto colocado no Mundial de 2013.

Na competição realizada ano passado, o brasileiro venceu duas lutas e caiu nas quartas de final. Passou pelo tailandês Tanes Ongjunta e pelo mongol Gan-Erdene Gankhuyag, até perder para o argelino Mohamed Flissi, que seria vice-campeão. A derrota no último combate antes da medalha ainda dói em Patrick:


- Depois do Mundial, amadureci bastante. Era uma luta que eu queria e podia ter ganho. Ficar entre os melhores foi bom para mim, mas fiquei triste com a derrota.

Outro grande desafio até os Jogos de 2016 é manter o peso. Atleta da categoria mais leve do boxe olímpico, até 49kg, o boxeador de 1,66m tem dificuldades de se manter no peso. 


- Minha meta é ficar na categoria 49kg até as Olimpíadas. Depois, eu decido se mudo ou não. As vezes tenho dificuldade em manter. Mas é normal, todos os atletas da minha categoria suam um pouco para seguir no peso. Tem que dar aquele treino a mais - disse.

Depois da quinta posição em 2013, Patrick seguiu entre os melhores do mundo no ano de 2014, temporada sem Campeonato Mundial. Disputou alguns torneios menores e entrou para a disputa da Aiba Pro Boxing (APB), que reúne apenas os oito principais atletas de cada categoria. O brasileiro perdeu sua primeira luta, para o búlgaro Birzhan Zhakypov, mas segue na Liga, que tem lutas mensais.


Foto: Heros Cegatta
Fonte: Globoesporte.com

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