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Guia do Mundial Feminino de Handebol 2013 - Parte II

Foto: EHF



Dando sequência a nossa Guia do Mundial Feminino de Handebol, falaremos agora sobre o Grupo A da competição, que contará com Montenegro, Holanda, França, Coreia do Sul, Congo e República Dominicana.

É talvez o grupo menos complicado do torneio, até por contar com duas seleções de menos expressão (Congo e República Dominicana). A disputa por vaga ficará entre Montenegro, Holanda, França e com a Coreia do Sul correndo por fora.


Montenegro


Atual campeã do Europeu de Handebol realizado também na Sérvia, a seleção feminina de Montenegro chega rotulando o posto de uma das favoritas à conquista desse Mundial. As montenegrinas derrotaram na final do continental nada mais nada menos que a fortíssima seleção da Noruega, atual campeã Olímpica e Mundial por 34-31.



Os grandes destaques individuais da equipe ficam por parte da experiente Bojana Popovic de 33 anos e Katarina Bulatovic, artilheira do selecionado no último europeu com 26 gols em cinco jogos. Aliás, as duas concorreram ao prêmio de melhor jogadora do ano, mas acabaram derrotadas para a brasileira Alexandra Nascimento (Alê).

Foto: EHF

Outro bom nome da equipe é Radmila Petrovic de 25 anos. Jogadora de ponta, ela já marcou 28 gols em cinco partidas na atual Champions League da EHF. Algo até considerado pouco, mas Radmila está fazendo com que o seu time (ZRK Budućnost de Montenegro) tenha alguma chance na busca pelo bicampeonato da competição. Merece atenção.

Enfim, Montenegro não terá problema algum para avançar. Seleção muito bem qualificada dará muito trabalho para os outros países e com certeza absoluta brigará por esse título.


Holanda


Tentando resgatar a forte geração de tempos passados, a seleção da Holanda chegou a esse Mundial através da Repescagem Europeia, onde bateu a Rússia por 59-48 no agregado dos dois jogos (26-27 e 33-21).


Além disso a equipe passa por uma fase boa, com duas vitórias nos dois primeiros jogos das eliminatórias para o próximo Campeonato Europeu, diante Itália e Turquia.

Foto: Handball Serbia 2013

Um dos destaques da equipe é a wing Jurswailly Luciano, de apenas 22 anos. Atuando no Metz da França a jogadora vem se destacando entre nomes sensacionais como o de Paule Baudouin (de quem falaremos mais adiante).

Antes de desembarcar em solo sérvio no dia 5 de Dezembro, as oranges terão pela frente um torneio amistoso para disputar: a Mobelringen Cup, contra Noruega, Rússia e Coreia do Sul (a última seleção integrante do mesmo grupo).

Nesse grupo, a Holanda só deve encontrar dificuldades contra Montenegro e França. Coreia do Sul, como boa parte das seleções asiáticas, vem desenvolvendo seu jogo, mas é muito difícil imaginar um tropeço das holandesas nesse confronto.


França


Qualquer que seja o torneio de Handebol, a França estará como uma das favoritas ao título. Torneios de juniores, torneios adultos de homens ou mulheres, sempre eles/elas estão lá como os melhores nomes do Handebol Mundial. E não é por acaso. O investimento no jogo por lá é alto. Resultado disso: dois vice-campeonatos seguidos no feminino, na China (09') e no Brasil (11'). É óbvio que o desejado era o título, mas mesmo assim são resultados que dizem muito.


Foto: Handball Serbia 2013

Sobre esse favoritismo, a wing left Alisson Pineau, melhor jogadora do Mundo em 2009, comentou: "Não vou contar a França como favorita, contando nossa última atuação na Sérvia. Noruega e Montenegro são sem duvidas as favoritas para o ouro." Foi modesta, apesar da derrota francesa para a Sérvia no ano passado (18-17) pela Euro ter tirado um pouco um do brilho do time.

Além de Pineau outro nome fantástico desse time é Paule Baudouin, da mesma posição de Alisson. São mais de 30 gols marcados com o Metz nessa temporada. Número muito bom. Algo que leva a creditar ela como uma das favoritas à artilharia do Mundial.

Recentemente as azuis ganharam um novo técnico: Alain Portes, que levou o time masculino da Tunísia às quartas-de-finais em Londres. Portes tem 52 anos e substitui Olivier Krumbolc, campeão mundial em 2003.


Congo


Muito, muito pouco se sabe sobre a seleção congolesa de Handebol. A Federação foi criada em 1965 e se filiou com a IHF em 1971. Nunca o país disputou um evento de peso. O melhor resultado no continente africano: o 3° lugar nas eliminatórias desse ano.


Essa pode ser uma das vantagens das jogadoras do Congo. Não se sabe a tática do time e etc. A jogadora com maior 'fama' internacional é  Mwasesa Mwange Christiane (ufa!), jogadora do Toulon Saint Cyr da França. Estão na quinta posição na Division 1 Feminine. A Mwasesa atuou quatro vezes e marcou 14.

"Estou feliz por estarmos entre as 24 melhores seleções do Mundo. Queremos fazer um bom resultado e defender o Congo, mas também a África. Será difícil para nós, faremos nosso melhor para competir neste torneio" disse Mwasesa em entrevista publicada no site do Mundial.

Enfim, não dá pra se esperar muito do Congo. Seleção inexperiente e bem fraca em relação as outras. As congolesas vêm para competir e tentar fazer algo por seu país num grupo praticamente decidido.

Coreia do Sul

Se hoje não é uma das melhores, a Coreia do Sul tem uma história bonita no Handebol Feminino. A seleção asiática conseguiu um título em 1995 e um 3° lugar em 2003. Para esse torneio, os sul-coreanos esperam que a seleção retome um passado de glórias no esporte. Inclusive, o técnico de 2003 é o mesmo de hoje: Lim Young Chul, 53 anos, dois Jogos Olímpicos com o selecionado (Atenas-2004 e Pequim-2008).

Ryu Eun-Hee é a principal esperança dessa tentativa de revitalização do Handebol no país. A jovem camisa 11 fez 43 gols, deu 20 assistências e acertou 66,67% dos seus tiros de 7 metros nos Jogos de Londres. Ajudou muito o time a conseguir o 4° lugar na edição.



Não é muito comum achar filmes desse gênero, mas aqui vai uma indicação sobre o Handebol da Coreia do Sul: Forever the Moment, filme lançado em 2008 contando a medalha de prata conseguida pelo time em Atenas.


Enfim, as chances de termos a Coreia em uma semifinal são altas, contando com os retrospectos das competições passadas. Mas convenhamos que repetir o 3° lugar na Croácia em 2003 não seria um mal negócio...



República Dominicana



Para fechar, a seleção que corre por fora neste grupo. Até por ter como concorrente ao posto de possível azarão da chave a seleção do Congo. É apenas a segunda participação da República Dominicana no Mundial Feminino de Handebol, a primeira foi em 2007 (22° lugar).


As dominicanas receberam o Pan-Americano que decidiu as vagas para o Mundial. Após cair no Grupo A com Brasil, México, Estados Unidos e Costa Rica, as donas da casa avançaram para a fase final em 2° lugar. Na semifinal perderam para a Argentina por 27-17 e na decisão do terceiro lugar bateram as paraguaias por 28-19.

Foto: EuroSport

É uma seleção bem mediana. As Left Wing e Left Back Nancy Peña e Irina Pop conseguiram chegar no "All-Star" do Pan-Americano e são talvez as melhores jogadores do time.

Bem difícil passar nesse grupo, concorrendo com três seleções favoritas (Montenegro, França e Coreia) e uma respeitável que é a Holanda. Aliás, o jogo contra a Holanda será o que deve decidir o destino das dominicanas.


- Confiram aqui a Parte I do Guia do Mundial


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