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Brasil estreia nesta terça-feira no Mundial de tênis de mesa, nos Estados Unidos



Hugo Calderano, Vitor Ishiy, Gustavo Tsuboi, Eric Jouti, Thiago Monteiro, Bruna Takahashi e Caroline Kumahara começam nesta terça-feira, 23, a disputa do Campeonato Mundial Individual e de Duplas em Houston, nos Estados Unidos. O torneio reúne os principais mesa-tenistas do mundo e vai ser a primeira do nível a acontecer fora da Europa e da Ásia desde 1939. É a principal competição exclusiva de tênis de mesa da temporada e será o primeiro grande desafio após os Jogos Olímpicos de Tóquio.

A competição vai ser transmitida pelo serviço de streaming Star+ (todas as fases). As finais terão a transmissão dos canais ESPN, do Grupo Disney.

Se depender da atual fase dos atletas do Brasil, o bom desempenho já está garantindo em solo norte-americano. Com exceção de Thiago Monteiro, todos estiveram na disputa do Campeonato Pan-Americano, em Lima, no Peru, competição que rendeu nove medalhas à delegação verde e amarela.

Dentre os pódios faturados está a de Hugo Calderano. O atleta levou mais uma vez o ouro no campeonato individual e aumentou ainda mais a sua série invicta em torneios nas Américas: o brasileiro está há seis anos sem perder um jogo em competições do continente.

Com o título, ele levou mais 500 pontos no ranking mundial de tênis de mesa, e a consequência disso é que a lista da Federação Internacional de Tênis de Mesa – ITTF, nesta terça-feira, deve mostrar o atleta na quarta posição. Para que se tenha uma ideia, apenas um mesa-tenista das Américas chegou a ser o quarto do mundo, mesmo antes da criação do ranking mundial: o norte-americano Sol Schiff, em 1938.

Além do título pan-americano, o carioca conquistou pela primeira vez na carreira uma edição do WTT Star Contender em setembro. Na edição de Doha, no Catar, ele venceu o esloveno Darko Jorgic para ficar com o campeonato, que o qualificou para entrar no Top 5 mundial.

Calderano falou sobre a grande fase que vive e credita à preparação pré-Olimpíada como fundamental para o desempenho que está tendo às mesas.

“Eu me preparei muito bem antes dos Jogos Olímpicos e joguei muito bem em Tóquio (alcançou as quartas de final). Eu consegui usar toda essa preparação e treinamento que eu fiz para a Olimpíada nas competições depois dos Jogos também. Então, eu consegui aproveitar tudo que fiz antes e, com certeza, eu estou na minha melhor fase da carreira, estou jogando em um nível que eu nunca havia jogado até agora e espero continuar evoluindo”, disse o atleta.

O mesa-tenista ainda comparou a sua fase atual com a que estava vivendo em 2019, ano em que ocorreu o último Mundial Individual e de Duplas. Na edição realizada em Budapeste, na Hungria, o brasileiro caiu nas oitavas de final diante do chinês Ma Long, que acabaria campeão daquele torneio e que não vai estar em Houston.

“Eu estou jogando em um nível muito acima do que eu estava em 2019. No atual, eu vou ser um dos quatro cabeças (de chave). Não vai ter a presença do Ma Long e do Xu Xin, então isso abre bastante caminho, aumentam as minhas chances de medalha. Eu sinto que o meu jogo está no lugar certo, eu fiz o que tinha de ser feito. Vou chegar muito preparado e, agora, é aproveitar todo esse treinamento que fiz nas últimas semanas”, avaliou o carioca.

Nas duplas, o Brasil vai ser representado por Eric Jouti/Vitor Ishiy e Thiago Monteiro/Gustavo Tsuboi nas masculinas, Caroline Kumahara/Bruna Takahashi na feminina e Ishiy/Bruna nas mistas. Essa última também vive grande fase. A parceria é a atual campeã pan-americana e deve estar na 13ª posição do ranking mundial na próxima atualização da ITTF, nesta terça-feira.

No individual feminino, tanto Bruna quanto Caroline estão nos Estados Unidos embaladas com o desempenho que tiveram em Lima. A primeira levou a medalha de prata, que por pouco não foi um ouro. Na partida decisiva, a brasileira esteve muito perto de bater a campeã Adriana Diaz, de Porto Rico. A segunda, por sua vez, conquistou o bronze no Peru.

“O torneio individual da Bruna foi muito bom, foi excelente ela ter chegado à final. Contra a Adriana, ela mostrou um bom nível, uma alta intensidade o tempo todo, que é a maneira que ela precisa se apresentar sempre. E ela fez isso em Lima tanto mental quanto tecnicamente”, avaliou o treinador Lincon Yasuda, que acompanhou a Seleção Brasileira feminina no Peru.

“A Carol também se apresentou muito bem, chegou na semifinal. Ela conseguiu pegar o que foi possível a ela em termos de resultado. No quesito performance, ela esteve muito bem, com bolas firmes. Ela está bem-preparada para o que está por vir”, complementou o técnico.

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