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Nova Zelândia e Romênia vencem sem encantar pela estreia do grupo B no futebol masculino

Nova zelândia time futebol

Direto de KASHIMA

O Grupo B do torneio de futebol masculino deu pontapé inicial em Kashima nesta quinta-feira (22) com dois jogos mornos, em que o som artificial de torcida não escondeu o marasmo em quadra. Durante a tarde japonesa, Nova Zelândia venceu Coreia do Sul por 1 a 0 diante de cerca de 300 estudantes locais. Apenas diante da imprensa e equipe da Tóquio 2020, Romênia derrotou Honduras por 1 a 0 pelo mesmo placar.

Depois de 20 meses sem jogar, Nova Zelândia mostra forte plano tático

Na terceira participação da Nova Zelândia, o time da Oceania conquistou sua primeira vitória em Jogos Olímpicos. A Coreia do Sul teve vários chutes ao gol e muitas oportunidades em momentos de confusão da defesa neozelandesa, mas o goleiro Michael Woud foi o homem do jogo, impedindo vários momentos perigosos do ataque sul-coreano. 

Com 25 minutos do segundo tempo, Joe Bell lançou a bola para Chris Wood que marcou o único tento da partida. Com impedimento marcado, o VAR entrou em ação e oficializou o gol. Coreia do Sul continuou forte, mas os 63% de posse de bola, pouco adiantaram. O time muito bem organizado segurou as várias chances de gol que os sul-coreano e mostraram um futebol muito eficiente.

Na conferência após a partida, repleta de jornalistas sul-coreanos e sem a presença da imprensa neozelandesa no local, o Surto Olímpico perguntou ao técnico Danny Hay em como o isolamento do país da Oceania afetou a preparação.


De fato, não jogamos desde novembro de 2019 Nenhum time de futebol da Nova Zelândia, qualquer que seja a categoria, disputou qualquer partida desde então. A primeira vez que esse grupo se reuniu foi aqui na chegada ao Japão. Então, de fato, isso era uma questão. 

Os últimos jogos foram de fato em novembro de 2019 quando o time principal da Nova Zelândia perdeu para a Irlanda por 3 a 1 e para a Lituânia por 1 a 0. Ao chegar em Ichihara para aclimatação, os Kiwi enfrentaram a Austrália em amistoso e venceram por 2 a 0 no dia 12 de julho, antes de perder por 1 a 0 no dia 15.


Jogador romeno nunca sonhou com Jogos Olímpicos, mas aproveita ao máximo

No complemento da rodada, Honduras e Romênia realizaram um jogo com poucas chances de gols, e Romênia se aproveitou de um descuido da defesa de Honduras num escanteio do time romeno em que Elvin Oliva acabou lançando a bola para o próprio gol. Mesmo com um time mais aguerrido no segundo tempo, Honduras não conseguiu furar o bloqueio montado pela Romênia que comemorou bastante a vitória.

O futebol da Romênia está participando pela primeira vez de um torneio olímpico em 57 anos, quando terminou em quinto lugar em Tóquio 1964. Tudor Băluță, jogador do Brighton, que entrou apenas no segundo tempo, brincou que nem sabia como o país poderia chegar aqui nos Jogos Olímpicos e honestamente nunca sonhou em estar presente na Olimpíada, mas disse que está aproveitando ao máximo e revelou estar muito feliz pela oportunidade.


O técnico Mirel Rădoi lembrou da importância do futebol romeno estar presente e ter aberto o caminho para o trabalho da delegação romena nos Jogos Olímpicos. Ele elogiou muito a equipe hondurenha e disse que acreditava que o adversário centro-americano era o mais perigoso do grupo. 

Rădoi ainda ficou bem feliz pelo grupo, que considerou muito unido em campo, apesar de confessar ter sofrido muito com baixas causadas pela recusa de times europeus em liberar seus jogadores. Băluță igualmente fez questão de destacar o companheirismo da equipe, que pouco joga junto, ressaltando que tentam agregar os mais jovens, no que considera uma verdadeira família. 

Pelo lado oposto, o meio-campista Carlos Pineda, de Honduras, se mostrou muito decepcionado pelo resultado. Ele acredita que o placar não reflete o jogo que o time mostrou, e assim como na Rio 2016 o país poderá reverter um início ruim e seguir para a fase de medalhas. Porém, ele deixou claro que são equipes e treinadores diferentes e que o sonho pelo pódio olímpico segue vivo.

Técnico uruguaio Miguel Falero que tenta levar Honduras a uma medalha inédita, deixou claro que a busca pela medalha inédita não causa nenhuma pressão. "Estamos tentando conquistar a nossa própria história. Isso não nos traz nenhuma pressão. Sabemos que será um grupo muito difícil. O futebol é assim, jogando bem ou jogando mal nunca ganhamos uma medalha, mas vamos seguir tentando", declarou o técnico.

Fotos: Henry Romero / Reuters

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