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Brasil fatura três ouros, duas pratas e dois bronzes na abertura do Pan de Judô

Rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio, Larissa Pimenta leva ouro para o Brasil no Pan-Americano de judô
Larissa no topo do pódio do continental de 2021


O Brasil teve um ótimo início no Campeonato Pan-Americano de Judô, em Guadalajara, no México. O país chegou em cinco das sete finais disputadas nesta quinta-feira (15) e conquistou três ouros, com Larissa Pimenta (52kg), Ketleyn Quadros (63kg) e Willian Lima (66kg), e duas pratas, com Gabriela Chibana (48kg) e Ketelyn Nascimento (57kg), além de dois bronzes, com Nathália Brígida (48kg) e Jessica Pereira (57kg).


Uma das competições mais importantes da corrida olímpica do judô, o torneio continental dá 700 pontos no ranking ao campeão de cada categoria, 490 para o vice e 350 para os medalhistas de bronze. Como uma edição de Pan já havia sido disputado em novembro passado, apenas o melhor resultado entre os dois eventos pode ser computado para a classificação olímpica.


Assim, o Brasil contou com uma equipe praticamente completa. Apenas os quatro campeões do primeiro continental - Eric Takabatake (60kg), Daniel Cargnin (66kg), Maria Portela (70kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg) - e os afastados pelo departamento médico não foram inscritos. Por tudo isso e pela esvaziada competição, a equipe verde-amarela dominou a maioria das disputas.


Confira a atuação de cada atleta do Brasil no Pan-Americano de Judô


Larissa Pimenta conquistou a primeira medalha de ouro do dia, na categoria até 52kg. Ela venceu três lutas: primeiro, passou pela equatoriana Aracely Barrionuevo forçando três shidôs; na semi, derrubou a norte-americana Katelyn Jarrell com um waza-ari; e na decisão, passou pela também estadunidense Angelica Delgado, com um ippon após ter dois shidôs contra. 


Praticamente garantida em Tóquio-2020, a meio-leve brasileira luta para ser uma das cabeças de chave do torneio olímpico. Apesar do título, ela soma "apenas" 350 pontos, por já ter sido bronze no Pan do ano passado, e sobe uma posição no ranking, atingindo a décima colocação e ficando a apenas 50 pontos da israelense Gili Cohen, que hoje é a oitava cabeça de chave.


O segundo ouro foi conquistado por Willian Lima, na categoria até 66kg. Confirmando o favoritismo, ele bateu o cubano Orlando Polanco na final, conseguindo um ippon com imobilização. Antes, havia vencido duas lutas. Apesar de estar dentro da zona qualificatória, o atual campeão mundial júnior está distante da Olimpíada, pois o compatriota Daniel Cargnin tem quase 1.500 pontos de frente. 



Por fim, no encerramento do dia, Ketleyn Quadros triunfou na categoria até 63kg feminina. Ela superou a mexicana Prisca Awiti Alcaraz, por waza-ari, na decisão. Antes, havia passado pela compatriota Aléxia Castilhos e tirou a rival da briga pelo ouro. Assim, Quadros praticamente se garantiu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, abrindo mais de mil pontos sobre Castilhos.


Depois das medalhas douradas, duas categorias tiveram dobradinha brasileira. Gabriela Chibana e Nathália Brígida subiram no pódio na até 48kg. Chibana ficou com a prata após duas vitórias tranquilas sobre a panamenha Nemesis Candelo e a dominicana Estefania Soriano e uma sofrida derrota para a chilena Mary Dee Vargas Ley, em quatro minutos de golden score na decisão.


Brígida, por sua vez, foi bronze. Competindo pela primeira vez depois de 14 meses, ela subiu no pódio ao conseguir uma imobilização sobre a guatemalteca Jacqueline Solis na luta da medalha. Em sua trajetória, ela havia vencido a equatoriana Luz Peña, mas caiu em seguida para a chilena Vargas Ley. Curiosamente, todos os seus combates foram decididos no golden score.


Com as medalhas, as brasileiras conquistaram importantes posições no ranking mundial. Gabriela Chibana deve subir dez posições com o vice-campeonato, adentrando na zona de qualificação olímpica, em 26º lugar. Nathália Brígida, com chances muito remotas de classificação, atinge a 39ª colocação do ranking, estando a cerca de 700 pontos de sua compatriota.


Pódio da categoria até 48kg feminina, com Vargas Ley, Chibana, Brígida e Luz Peña


Naquela categoria em que o Brasil mais periga não classificar para os Jogos, a até 57kg feminina, mais um pódio duplo, que significou um suspiro de esperança em busca da vaga. Ketelyn Nascimento ficou com a prata após derrotar a canadense Kelly Deguchi (irmã de Christa) e a compatriota Jéssica Pereira nas preliminares, e perder para a cubana Arnaes Odelin García na final, que durou dez minutos.


Já Jéssica ficou com o bronze na categoria. Depois de ser derrotada por Ketelyn na semifinal, ela passou pela mexicana Julieta Perez na disputa pela medalha, com imobilização. Posicionada apenas na 45ª posição do ranking, ela praticamente deu como encerrada sua briga pela vaga olímpica, já que não somou pontos por também ter sido bronze no continental passado.


Por outro lado, Ketelyn ganhou um novo respiro com o vice-campeonato. Ela somou mais 490 pontos e deve subir para a 33ª posição, estando a cerca de 630 pontos da zona de classificação. A paulista também pode obter a vaga continental destinada ao Brasil, que hoje está com Eduardo Barbosa, na categoria até 73kg. A distância de pontos entre os dois é de 300.


Apenas dois brasileiros que competiram nesta quinta-feira não medalharam: Renan Torres, no peso ligeiro masculino (até 60kg) e Aléxia Castilhos, no peso meio-médio feminino (até 63kg). Eles venceram apenas uma luta e terminaram na quinta colocação, depois de serem derrotados na disputa do bronze. Ambos praticamente não têm mais chances de vaga olímpica e viram a chave para Paris 2024.


O Campeonato Pan-Americano de Judô segue com as disputas nesta sexta-feira, naquele que será o último dia de competições individuais. O Brasil será representado por oito atletas: Ellen Santana (70kg) e Beatriz Souza (+78kg); Guilherme Schmidt (81kg),  Rafael Macedo (90kg), Rafael Buzacarini (100kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Silva (+100kg) e David Moura (+100kg).


Fotos: Reprodução/Canal Olímpico do Brasil

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