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Judoca iraniano entra para equipe de Refugiados da IJF

O judô iraniano, que ainda luta pelo retorno aos tatames internacionais, sofreu mais um "ippon" neste mês. Depois da troca de cidadania de Saeid Mollaei e da aposentadoria precoce de Mohammad Mohammadi ainda em 2019, agora foi a vez do terceiro melhor judoca do país, Javad Mahjoub abandonar de vez o time do Irã. A partir deste mês, ele defende a Equipe de Refugiados da Federação Internacional de Judô (IJF).


Campeão do Grand Slam de Moscou em 2013 e vice-campeão do Grand Prix de Tbilisi e Antalya, em março e abril de 2018, ele não disputa um torneio desde o Mundial de Baku de 2018, onde caiu na estreia. No Mundial de 2019, a equipe do Irã não enviou delegação para Tóquio, sendo representada apenas por Mollaei, que ao perder propositalmente sua semifinal e denunciar a pressão sofrida, desencadeou uma crise sem tamanhos no judô iraniano.


Javad Mahjoub (à esquerda), no pódio do Grand Prix de Antalya em 2018, no auge de sua carreira - Foto: Judo Inside 


Javad Mahjoub, de 29 anos, campeão asiático em 2013 na categoria acima de 100kg, atualmente mora no Canadá, onde continua seus treinos, mas segue demonstrando seu amor pelo Irã através das redes sociais. Foi lá também que ele anunciou seu retorno ao mundo do judô no dia 13 de março:



Apesar da troca, ele não deve representar a Equipe Olímpica de Refugiados (EOR) em sua segunda participação nos Jogos Olímpicos de Verão. A delegação que será enviada a Tóquio deverá ser convocada a partir  dos 55 atletas que recebem auxílio por parte do Comitê Olímpico Internacional (COI).


Procurado pelo Surto Olímpico,  o COI se limitou a dizer que Mahjoub não é um dos atletas beneficiários da bolsa destinada à Equipe de Refugiados, e que informações sobre a mudança de status do atleta se refere apenas à Federação Internacional de Judô, que até o momento ainda não retornou o contato da reportagem.


Foto de 2018, quando o judô iraniano vivia sua melhor época e esperava levar medalha olímpica inédita, antes de entrar em sua pior crise - Foto: Acervo Pessoal / Mateus Nagime 


Atual 92º do mundo, Mahjoub ainda não tem data marcada para retornar ao circuito. A Equipe de Refugiados da IJF, ausente do Grand Slam de Tbilisi disputado neste fim-de-semana, está inscrita no Grand Slam de Antalya, que será disputado em abril, apenas com Mohammad Akkash. Até o momento, 12 atletas da Equipe estão inscritos no Grand Slam de Kazan, em maio, e 11 atletas já aparecem na lista do  Mundial que será disputado em Budapeste em junho. 


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Foto: Klaus Müller / Judo Inside

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