Últimas Notícias

Turquia leva dois ouros em Europeu de Ginástica masculino e sensação ucraniana é destaque no juvenil

Illia Kovtun europeu ginástica artística

O Campeonato Europeu de Ginástica Artística para homens foi disputado neste final de semana, entre os dias 9 e 13 de dezembro, em Mersin, na Turquia. Originalmente planejado para ser disputado em Baku, Azerbaijão, no mês de maio e funcionar como pré-olímpico europeu, teve que abandonar tal perspectiva devido à pandemia de coronavírus que afetou enormemente o torneio. 

Das 50 federações que compõem a European Gymnastics, 30 optaram por não participar devido ao medo da infecção pelo COVID-19, enquanto a Polônia não participou porque sua federação nacional está suspensa devido à problemas financeiros. Dentre os 19 países que competiram, apenas Israel, Turquia e Ucrânia medalharam na competição do ano anterior e foram justamente estas três seleções que dominaram o torneio em Mersin. 

Turquia e Ucrânia lideraram o quadro de medalhas adulto, com dois ouros, uma prata e um bronze, enquanto Israel, Lituânia e Albânia vieram em seguida, cada uma com um ouro. No juvenil, Illia Kovtun levou 5 ouros e 1 prata e impulsionou o domínio ucraniano que levou cinco ouros, cinco pratas e um bronze na categoria.

Na prova por equipes, a Ucrânia levou ouro, Turquia foi prata e Hungria foi bronze. Sem a disputa do individual geral no torneio adulto, o destaque ficou para Igor Radivilov, que foi o único a sair com dois ouros da competição principal. Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, ele confirmou o favoritismo nos saltos, ficando a frente do bielorruso Yahor Shamamkou e do israelense Artem Dolgopyat.

O romeno Marian Dragulescu, dono de três medalhas nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, oito vezes campeão mundial entre 2001 e 2009 e dez vezes campeão europeu entre 2000 e 2017, fez um segundo salto maravilhoso, para 14.900 mas não foi o suficiente para o levar ao pódio. Já classificado para Tóquio 2020, à beira de seus 40 anos de idade, ele terminou em quarto lugar.

Um dos principais nomes do campeonato e nascido na Ucrânia, o israelense Artem Dolgopyat foi vice-campeão mundial no solo em 2007 e 2009 e não teve dificuldade para levar sua medalha de ouro no Europeu. Completaram o pódio Aurel Benovic, da Croácia, e Shamamkou, de Belarus.

Radivilov ainda faturou um bronze nas argolas. A esperança da torcida da casa de um ouro nos braços de Íbrahim Çolak deu certo, mas foi uma disputa muito apertada. Ele venceu com 15.000 - nota maior que a que lhe valeu o título mundial em Stuttgart no ano passado - e o austriaco Vinzens Hôck levou a prata com altos 14.800. Radivilov completou o pódio com 14.766.

Íbrahim Çolak Ferhat Arıcan Arican
Ginastas turcos comemoram suas medalhas conquistadas: além da prata por equipes, Íbrahim Çolak foi ouro nas argolas e Ferhat Arican foi ouro nas barras paralelas e bronze no cavalo com alças - Foto: Milliyet  


A Turquia fez outra festa com o ouro de Ferhat Arıcan nas barras paralelas. Seu 15.100 alcançado foi a maior nota em todas as finais e só ficou atrás dos 15.333 que ele mesmo ganhou na fase classificatória. O ucraniano Petro Pakhniuk levou a prata, com 14.766 e o lituano Robert Tvorogal ficou com o bronze, com 14.500. Ahmet Önder, vice-campeão mundial do aparelho, ajudou a Turquia a levar a prata por equipes, e ainda chegou a três finais individuais, terminando em quarto no solo, mas curiosamente não disputou as barras paralelas.

Tvorogal teve melhor sorte na barra fixa, onde já havia conquistado o ouro nos Jogos Europeus de Minsk em 2019 e faturou o título europeu de 2020. A prata ficou com o croata Tin Srbic e o bronze com o israelense Alexander Myakinin.

Completando os resultados no europeu adulto, Matvei Petrov fez história ao levar a primeira medalha de um europeu de ginástica para a Albânia e foi medalha de ouro no cavalo com alças. Ele já foi finalista do mundial de 2013, quando ainda competia pela Rússia, país onde nasceu. Filip Ude, da Croácia, prata em Pequim 2008, foi vice, e Ferhat Arican levou novo bronze para a Turquia, totalizando três medalhas na competição, assim como Radivilov. 

O torneio juvenil viu um domínio total da Ucrânia que levou cinco das oito medalhas em disputa e em todas um nome se destacou: Illia Kovtun venceu cinco ouros e uma prata na Turquia. O ginasta de 17 anos e que foi medalhista de bronze no individual geral do mundial júnior de Gyor 2019, atrás dos japoneses, liderou a dobradinha no individual geral seguido por Volodymyr Kostiuk e do húngaro Balázs Krisztián

Ele também venceu no cavalo com alças (Eyal Indig, de Israel e Gytis Chasazyrovas, da Lituânia dividiram a prata), nas argolas (novamente Kostiuk levou prata e Bora Tarhan, da Turquia, ficou com o bronze), nas barras paralelas (nova dobradinha ucraniana, desta vez com Mykyta Melnykov e o turco Mert Efe Kiliçer com bronze), além, é claro, de ajudar a equipe ucraniana a levar o ouro, a frente de Hungria e Bulgária.

Sua prata veio no salto, em que foi derrotado pelo romeno Gabriel Burtănete, campeão mundial juvenil no aparelho em Gyor 2019, O turco Bora Tarhan ficou com o bronze. A Ucrânia esteve em todos os pódios do juvenil: Ivan Sevruk não foi páreo para o lituano Gytis Chasažyrovas no solo e levou a prata a frente de Molnár Botond, da Hungria. Foi a única final para a qual Kovtun não se classificou, sendo que ele ainda terminou em 7º na barra fixa, que deu ouro para Hungria, com Balázs Kristián. Mert Efe Kiliçer, da Turquia, foi prata e Volodymyr Kostiuk, da Ucrânia foi bronze.

O torneio feminino acontecerá no memo ginásio entre 17 e 20 de dezembro, com menos força ainda: é previsto que apenas 15 nações enviarão atletas.

Foto: European Gymnastics

0 تعليقات

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar