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Em live, atletas e técnica compartilham experiências sobre ser negro no esporte paralímpico




Em Live realizada na última sexta-feira (20) pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), os atletas Raissa Rocha (atletismo) e Alex Sandro Souza (esgrima em cadeira de rodas) e a técnica de futebol de 5 Laryssa Macêdo debateram o tema “Negros no esporte paralímpico”. O bate-papo aconteceu em celebração ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. 


Para o esgrimista Alex Sandro, que começou no atletismo e migrou para a esgrima em cadeira de rodas, a modalidade é elitista devido à sua origem histórica. “A esgrima é um esporte muito antigo, praticado pela realeza. E os homens da corte defendiam sua honra com duelos [de esgrima], só depois virou um esporte olímpico”, explicou o atleta que compete na categoria A (para pessoas com movimentação de tronco) e tem má-formação congênita na perna direita. 


A lançadora de dardo Raissa Rocha, medalhista de bronze no Mundial de Dubai 2019, compartilhou como foi a sua infância e adolescência e o seu processo de aceitação por meio da transição capilar. 


“Quando eu comecei no esporte eu sentia que o meu cabelo me atrapalhava. O cabelo crespo, cacheado, demanda tempo e eu achava que o cabelo liso me daria praticidade. Comecei a alisá-lo desde novinha. Nos Jogos Rio 2016, eu não me identificava mais com o meu cabelo liso, não era eu. Eu não me aceitava pela minha deficiência, pelo meu cabelo, pela minha cor. Não tinha maquiagem que ficavam boas na minha pele. Do nada eu decidi entrar em transição capilar. Foram oito meses de transição e eu não aguentava a diferença do liso e do cacheado e decidi cortar”, revelou a atleta. 


Técnica do CEDEMAC, time do Maranhão que tem toda a equipe técnica composta por mulheres, Laryssa Macêdo contou como mostrou para os seus atletas o seu cabelo. “Quando eu entrei no futebol de 5, os meninos não tinham contato com mulheres de cabelo crespo com o corte tipo ‘black’. Eu comecei a explicar para eles como era o meu cabelo e eles queriam ficar com um cabelo igual. Eles, ao passarem a mão na minha cabeça, percebiam e percebem até hoje realmente qual o tipo de textura do meu cabelo”, contou.


Foto: Repdrodução

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