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No comando do Sesi-SP, Marcelo Negrão estreia em competições nacionais no Troféu Super Vôlei


Um dos momentos mais marcantes da história do voleibol brasileiro é o ponto de saque de Marcelo Negrão na final dos Jogos Olímpicos, em Barcelona 1992, que garantiu ao Brasil a primeira medalha de ouro na modalidade. Hoje, Negrão está à beira da quadra, e estreará em uma competição nacional como técnico na disputa do Troféu Super Vôlei Banco do Brasil, entre os dias 21 e 24 de outubro, em Belo Horizonte (MG). 

Com um amplo histórico de títulos como jogador, Marcelo Negrão dá ainda os primeiros passos na nova função, e, para a temporada 2020/2021, estará à frente do Sesi-SP, um dos principais clubes do cenário nacional. A equipe paulista aposta em novos valores e o desafio não assusta o novo treinador, já adaptado a trabalhar com atletas mais jovens. 

“Eu comecei aqui no Sesi-SP pela base, em 2018. Assumi a categoria mirim e fui crescendo com o passar do tempo. Acredito que neste formato que o Sesi tem hoje, com uma equipe formada com novos talentos, eu acabei ‘subindo’ junto. Eu fui técnico de todos nas categorias de base e conheço muito bem a maioria dos atletas, e isso ajudou muito no trabalho. E a minha função aqui é justamente colocar esses garotos para jogar, ajudá-los no desenvolvimento, pois serão o futuro do voleibol brasileiro, e é importante ganhar rodagem, ter a possibilidade de jogar no nível profissional”, disse Negrão. 

Antes de ser técnico, Marcelo Negrão acumulou passagens por grandes clubes do Brasil, da Itália e do Japão, além dos anos com a camisa da seleção, e títulos, como o ouro olímpico em 1992. Ao longo da carreira como atleta teve influência dos treinadores que trabalhou. Entre os que mais marcaram estão Bebeto de Freitas e José Roberto Guimarães, que ajudaram a formar o estilo do agora técnico Marcelo Negrão. 

“Eu sou do tipo de técnico que bate, mas assopra. Não gosto de impor nada aos jogadores. Eu gostava de entrar em quadra feliz e tranquilo para jogar, e quero que os meus atletas se sintam assim também. Eu tive vários técnicos que me influenciaram, gostava muito da condução do Bebeto de Freitas, ele era duro, mas sempre ficou do lado dos atletas. O José Roberto Guimarães sempre me falou para eu ser eu mesmo, e assim eu sigo até hoje, tenho um pouco de cada técnico que tive ao longo da carreira de atleta, mas me mantenho naquilo que acredito: ter à disposição atletas bem treinados, preparados tática e fisicamente, e, acima de tudo, contentes e felizes por jogar”, explicou Marcelo. 

A proposta do Sesi-SP para a temporada que se inicia é contar com um elenco bastante jovem - a média de idade é de 20 anos e nove meses – a maioria só viu as conquistas de Negrão como jogador por vídeo. Mas a juventude do time tem um contraponto bastante importante: a experiência de Murilo Endres, um dos principais nomes da história recente do voleibol. Para Marcelo, ter um jogador com a bagagem de Murilo em seu elenco é um trunfo. 

“O Murilo é sensacional dentro e fora de quadra, está sempre incentivando e ensinando os garotos no dia a dia. E o nosso grupo está absorvendo toda essa experiência dele, que é um excelente exemplo a ser seguido. Todos estão sempre atentos aos toques que ele dá, e nós dois estamos sempre em sincronia, falando sempre a mesma língua, sou um técnico de sorte por ter ao meu lado um craque como o Murilo”, contou o treinador. 

A primeira missão de Marcelo Negrão como treinador do Sesi-SP na temporada foi a disputa do Campeonato Paulista. Apesar da eliminação precoce, o técnico tirou algumas lições que valerão para os demais compromissos a seguir. 

“Nós participamos do Paulista e infelizmente não conseguimos nos classificar entre os quatro, mas acho que pelas circunstâncias, o pouco tempo de treino que tivemos em razão das medidas de enfrentamento da pandemia, eu estou muito satisfeito com o desempenho dos atletas. Eles são muito jovens e já se portaram muito bem, acredito que mostraram que vamos dar trabalho e incomodar muitos times daqui para frente”, avaliou o treinador. 

A primeira partida de Negrão como técnico de uma equipe adulta em competição nacional será contra o Apan/Eleva/Blu (SC), no dia 21 de outubro, pelo Troféu Super Vôlei Banco do Brasil, na Arena Minas, em Belo Horizonte. 

“Para a disputa do Troféu Super Vôlei Banco do Brasil nós estamos treinando e nos preparando muito para o jogo contra Blumenau. Nós sabemos que não será fácil, aliás, nunca é, por isso seguimos com a mesma intensidade nos treinos e espero que o time faça uma boa apresentação”, comentou Negrão.

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