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Chegada das modalidades coletivas marca quarto mês da Missão Europa


O mês de outubro marca a chegada dos esportes coletivos à Missão Europa, ação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) em parceria com as Confederações, que visa dar a oportunidade de normalização dos treinos para os atletas brasileiros. Após receber mais de 150 atletas de 16 modalidades nos três primeiros meses, agora é a vez das seleções feminina de rugby sevens e masculina de handebol desembarcarem no Rio Maior Sports Centre. Serão cerca de 50 novos integrantes da Missão entre atletas e oficiais. 

“Não medimos esforços para possibilitar que nossos atletas se preparem adequadamente. Por isso, a Missão Europa é fundamental para que nossos atletas tenham um local para treinar e participar das competições europeias. Inclusive, os resultados que temos tido até agora reforçam a ideia de termos uma base fixa de treinamento na Europa”, comenta Marco La Porta, presidente em exercício do COB e chefe de Missão dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

“Entendemos que o ambiente multiesportivo, com a presença de diversos profissionais e atletas de diferentes modalidades no local, pode trazer uma sensação de Jogos Olímpicos novamente e, assim, auxiliar as equipes na concentração em seus objetivos. Temos em Rio Maior um ambiente de alto rendimento, controlado e seguro para a prática das modalidades. Esse período será muito importante para a integração de todo grupo pensando nos próximos desafios competitivos”, afirma Sebástian Pereira, gerente executivo de Alto Rendimento e Operações Internacionais.

As Yaras, como é conhecida a equipe feminina de rugby, são as primeiras a chegar à Europa, desembarcando em Portugal no dia 3. Assim que chegarem, as meninas vão fazer os exames PCR e sorologia, ficando isoladas até a confirmação do resultado negativo para o coronavírus, o que as libera para as atividades em Rio Maior. A seleção se classificou para Tóquio 2020 em junho do ano passado, após conquistar o título do Pré-Olímpico, em Lima (Peru). Esta será a segunda participação do time feminino nos Jogos, que terminaram em 9º lugar no Rio 2016.

Também em 2019, as Yaras conquistaram pela primeira vez o World Rugby Women’s Sevens Series, o Hong Kong Sevens, garantindo uma vaga na elite mundial do rugby. Com o encerramento da Série Mundial antes do previsto, devido à pandemia, o Brasil se manteve na elite para a temporada 2020/21. De técnico novo, o período em Rio Maior será fundamental para equipe dentro e fora de campo.

“Essa viagem vai ser muito importante para nos conectarmos com o grupo porque vamos conseguir conviver juntos todos os dias. Na parte do campo, será muito importante porque vamos conseguir treinar livres, sem ficar preocupado com outras questões. Realmente, vai ser um ambiente onde nosso único foco será a performance no campo. Então, tudo que vamos fazer fora do campo, criando hábitos e processos, será fundamental para levarmos para os Jogos Olímpicos”, analisa o treinador Will Broderick, que assumiu a equipe em agosto depois de comandar o Band Saracens no título brasileiro de 2019.

Seleção masculina de handebol
Já o handebol masculino chega a Portugal no dia 30, cumprindo os mesmos protocolos exigidos pelo governo português para o início dos treinos. Esta será a primeira vez que Washington Nunes reencontrará o grupo, desde que voltou ao comando técnico da seleção. O Brasil se prepara a disputa do Pré-Olímpico Mundial, que acontece entre os dias 12 e 14 de março de 2021, na Noruega. Além da equipe anfitriã, a equipe encara Chile e Coreia do Sul em busca de uma das duas vagas disponíveis. Mas antes do Pré-Olímpico, O Brasil participa do Mundial do Egito, de 13 a 31 de janeiro.

“Estar na Missão Europa será importante para manter o padrão de trabalho, de treinamento, e observar os jogadores que poderão ser convocados para o Mundial, principalmente depois desse período largo de inatividade por conta da pandemia. Os que estão na Europa já passaram pela pré-temporada e estão em treinamento. O COB está proporcionando para nós um CT em que conseguimos trabalhar com tudo integrado, de maneira intensa, num espaço extremamente bom. Rio Maior é um lugar muito importante para que o handebol possa trabalhar”, afirma o técnico Washington Nunes, que liderou a equipe numa campanha histórica no Mundial da Alemanha-Dinamarca, em que terminou num inédito 9º lugar.

Até o momento, 16 modalidades já participaram da Missão Europa: atletismo, boxe, canoagem slalom, ciclismo BMX, esgrima, ginástica artística, ginástica rítmica, judô, maratonas aquáticas, nado artístico, natação, taekwondo, tênis, tênis de mesa, triatlo e vela. As delegações ficaram distribuídas em cinco bases do COB em Portugal – Rio Maior, Cascais (vela), Coimbra (judô), Sangalhos (ginástica artística, ginástica rítmica e ciclismo BMX) e Vila Nova de Gaia (tênis de mesa) –, além das cidades de Pau (França) e Belgrado (Sérvia) .

Em setembro, 100 atletas participaram da Missão Europa e muitos deles, inclusive, já disputaram competições na retomada do esporte nas últimas semanas, conquistando resultados expressivos. Ana Marcela Cunha foi ouro no Ultra Swim, na Ilha da Madeira (Portugal), prata na Travessia Capri-Nápoles (Itália), além de ouro e bronze em Jablines (França); Allan do Carmo terminou em segundo lugar, também na Ilha da Madeira; já no atletismo, Tiffani Beatriz venceu os 400m no Meeting de Leiden (Holanda); e a tenista Beatriz Haddad Maia foi campeã de quatro torneios em quatro semanas em Portugal: Montemor-o-Novo, Santarém, Porto e Figueira da Foz, este último nas duplas, com Ingrid Martins. Uma prova do sucesso do projeto.

“Até o final do ano, devemos contemplar cerca de 200 atletas. E se a situação não estiver melhorando no Brasil, podemos prorrogar até janeiro, fevereiro, o tempo que for necessário para garantir uma boa preparação. Faltando menos de 300 dias para os Jogos, a Missão Europa é um grande avanço na retomada da preparação com foco em Tóquio 2020”, finaliza La Porta.

Foto: Washington Alves/COB

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