Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da World Athletics, Lamine Diack, supostamente teria recebido cerca de US$ 370 mil de uma empresa que prestou consultoria para o comitê de candidatura de Tóquio 2020, antes e depois do processo de escolha da capital japonesa como sede dos Jogos Olímpicos, em setembro de 2013. A informação é da agência de notícias do Japão, Kyodo News.
A publicação surge durante uma investigação francesa sobre o ex-chefe do comitê de candidatura de Tóquio 2020, Tsunekazu Takeda, que é suspeito de ter aprovado uma transferência de US$ 2 milhões referente a um pagamento para a extinta Black Tidings Co, empresa de consultoria que tinha sede em Cingapura.
De acordo com a revisão de documentos financeiros e relatórios do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos e veículos de mídia como o BuzzFeed News, The Asahi Shimbun, Kyodo News e Radio France, a Black Tidings Co realizou diversas transferências para Papa Massata, incluindo pagamentos para sua conta pessoal e outros para sua empresa. O montante recebido pelo filho de Lamine Diack teria sido de US$ 370 mil.
Porém, Papa Massata disse à Kyodo News que os pagamentos realizados pela Black Tidings Co não eram referentes aos Jogos Olímpicos. "Era um acordo de patrocínio feito na China. Não há nada a ver com as Olimpíadas de Tóquio", declarou.
A investigação realizada por promotores franceses está tentando descobrir se a Black Tidings Co pagou Papa Massata devido a influência de seu pai, Lamine Diack, que também foi membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Acredita-se que Diack pode ter usado seu poder para controlar os votos de outros membros do COI oriundos do continente africano.
Takeda, que renunciou ao cargo no ano passado por causa do imbróglio, confirmou que os pagamentos foram feitos, mas também negou que houveram irregularidades e disse não conhecer tranferências feitas pela Black Tidings Co.
Foto: Reprodução/Jeune Afrique
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