O nadador Bruno Fratus chegou a Portugal na última semana para se juntar à Missão Europa e retomar de forma regular seus treinamentos. Na Flórida (EUA), onde vive, um cenário de muitas incertezas ainda dificulta sua preparação. Por isso, o mais rápido nadador do país não pensou duas vezes e embarcou rumo a Rio Maior, base principal do projeto do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Para Bruno, os serviços oferecidos pelo COB aos atletas na Missão Europa foram fundamentais para sua ida. Desde que chegou em Portugal na última semana, o vice-campeão mundial do 50m livres usufrui de toda estrutura de suporte montada para atender o Time Brasil no Complexo Desportivo de Rio Maior.
“Com certeza absoluta a presença do Laboratório Olímpico em Rio Maior foi um dos fatores que mais pesou para a minha vinda à Missão Europa. Um dos grandes trunfos da estrutura que o COB oferece para a gente é justamente o Laboratório. Assim a gente poder colocar a ciência no nosso programa e poder ter a certeza do que a gente está fazendo com informações relevantes e específicas”, afirmou nadador. “Em pleno 2020 não usar ciência e tecnologia no treinamento não é o ideal. Então, tenho que aproveitar que o COB oferece toda essa estrutura e que o Laboratório Olímpico está em peso aqui em Portugal para ajudar a gente a voltar à forma ainda melhor e mais rápido do que estávamos antes da quarentena”, completou Bruno, que também citou a fisioterapia como mais um dos diferenciais da estrutura da Missão Europa do COB.
A bateria de avaliações do Laboratório Olímpico com Fratus em Rio Maior inclui bioquímica, biomecânica e fisiologia. Com os dados apresentados, o nadador e sua equipe poderão elaborar um plano mais eficaz de volume de treinos, alimentação, descanso.
“Eu sempre falo que o treino nunca acaba. O atleta está treinando 24 horas por dia, sete dias por semana. Hoje o esporte de alto rendimento depende de detalhes mínimos. Então, tudo que o atleta puder fazer de forma legal para ter um resultado melhor é que tem que ser feito e é o que a gente está fazendo aqui”, considerou Bruno.
Bruno Fratus está em Rio Maior na companhia do treinador Arilson Silva. A ideia do nadador é passar algumas semanas treinando em Portugal para depois viajar ao Rio de Janeiro, onde continuará sua preparação no Parque Aquático Maria Lenk. Por enquanto, Bruno não traça objetivos de longo prazo e utiliza esse período para analisar como está sua performance depois de treinos irregulares nos Estados Unidos, onde vive, devido à pandemia.
“Nesse período a gente faz avaliações, vê o quanto custou essa quarentena, esse período de treinos irregulares que todo mundo passou e tenta ver como melhorar a forma da maneira mais saudável e eficiente possível.
Depois de treinos no centro de alta performance da pacata cidade portuguesa, Bruno é só elogios à Missão Europa.
“Essa é uma oportunidade que eu vejo com muitos bons olhos. Isso aqui é o Comitê Olímpico do Brasil oferecendo uma oportunidade de a gente trabalhar com todo o seu staff. Vim com o intuito de trabalhar com a fisiologia, fisioterapia, psicologia e tudo que o COB tem a oferecer para a evolução dos atletas. Com o adiamento dos Jogos Olímpicos, ganhamos um ano a mais de preparação, então todo o tempo que a gente usa agora é para evoluir. E não tem lugar melhor no mundo para fazer isso como ao lado de toda a estrutura do Time Brasil. Eu não poderia esperar outra coisa. O COB é quem mais entende de esporte de alto rendimento no nosso país e, como tal, está oferendo uma estrutura à altura dos resultados que a gente quer ter em Tóquio, que com certeza são os melhores possíveis”, definiu Bruno, que também vem aproveitando para interagir com atletas de diferentes esportes. “Faz bem conviver com outras modalidades. Você aprende bastante e mantém esse clima de Time Brasil em alta. Isso é muito saudável, principalmente em um momento como o de agora”, complementou.
Foto: Daniel Varsano/COB
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