O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) celebrou o Dia Nacional do Atleta Paralímpico, na terça-feira (22) com atrações online que reuniram especialistas e personalidades ligadas ao esporte e Debates com temas atuais voltados às pessoas com deficiência.
Foram realizadas duas grandes lives que, juntas, somaram 302 horas no ar, com a participação do presidente do CPB, Mizael Conrado, de atletas paralímpicos como os velocistas Verônica Hipólito, Yohansson Nascimento e Fabrício Ferreira, dos nadadores Roberto Alcalde e Susana Schnarndorf, e da parataekwondista Débora Menezes, além do youtuber Fred, do canal Desimpedidos, e da influenciadora digital Isa Meirelles. Também participaram o jornalista Renato Peters e o apresentador e ex-judoca Flávio Canto.
"Buscamos diminuir a nossa distância física que este período exige com estes eventos online para levar aos atletas e às pessoas com deficiência a mensagem de que o esporte é a principal ferramenta de transformação da vida e de inclusão social. Parabenizamos todos os atletas paralímpicos por serem esse agente inspirador a tanta gente", afirmou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do CPB.
Na primeira live, com o tema "Superação é uma ova!", o debate trouxe o ponto de vista dos atletas sobre o uso da palavra “superação” por parte das pessoas e da mídia, e como acreditam que a sociedade pode melhorar o tratamento à pessoa com deficiência no dia a dia. O bate-papo contou com a participação do presidente do CPB, Mizael Conrado, dos atletas Verônica Hipólito, Roberto Alcalde e Yohansson Nascimento, do youtuber Fred, do canal Desimpedidos, e da influenciadora digital Isa Meirelles.
“Foi um presente muito grande esse convite que o Comitê Paralímpico Brasileiro fez para mim. Com este bate-papo, já pude evoluir muito como pessoa e espero que as pessoas que assistiram também tenham tido essa sensação. Lives como essas ajudam mais ainda essa evolução da sociedade”, apontou o youtuber Fred.
“É muito importante ações como essas. Eu ainda vejo alguns olhares de desconfiança para as pessoas com deficiência. Ainda é um grande dilema na minha vida. Ainda chateia um pouco por colocarem primeiro a nossa deficiência na frente das minhas conquistas”, revelou Yohansson Nascimento, medalhista paralímpico e mundial na classe T47 (para atletas com deficiência nos membros superiores).
Já a segunda transmissão, apresentada pelo jornalista Renato Peters e que teve como tema o "Esporte como ferramenta de transformação", a parataekwondista Débora Menezes, o velocista Fabrício Ferreira, a nadadora Susana Schnarndorf e o apresentador e ex-judoca Flávio Canto, discutiram a importância da inclusão e educação por intermédio do esporte.
"Como eu já vivi os dois lados, sei que a gente treina tanto quanto os atletas convencionais. Nós, atletas paralímpicos, temos os mesmos objetivos: subir ao pódio, melhorar nossos índices. Nadamos na mesma piscina, raias e subimos nos mesmos pódios. Todo mundo quer treinar para melhorar o seu tempo", comparou a nadadora gaúcha Susana Schnarndorf, que disputou 13 provas do Ironman (uma das modalidades mais famosas do triatlo), antes de descobrir que tinha a doença MSA (múltipla falência dos sistemas) e se dedicar ao paradesporto.
“O esporte é uma ferramenta importantíssima para dar pertencimento e autoestima além da transformação. O esporte reúne muitas histórias e feitos que trazem para a gente a percepção de que também somos capazes. Parabéns a todos”, completou Flávio Canto.
Neste bate papo, o diretor técnico do CPB, professor Alberto Martins da Costa, fez um convite às pessoas com deficiência do país a experimentarem o esporte paralímpico. No site do CPB, tem uma aba “Quero ser um atleta paralímpico”, na qual os interessados podem encontrar o clube ou associação mais próximo da sua residência para que possa ingressar e iniciar no esporte paralímpico.
“Hoje, o esporte paralímpico tem espaço para diversas deficiências, incluindo as severas e, com certeza, os técnicos e os classificadores poderão indicar a melhor modalidade e provas para cada um. Busquem o esporte paralímpico porque realmente é a transformação e a ferramenta para a inclusão social”, disse Martins.
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