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Coluna Buzzer Beater - Leandrinho se aposentou. E agora?



Uma notícia até certo ponto surpreendente nessa semana foi a aposentadoria de Leandrinho do basquete para fazer parte da comissão técnica do Golden State Warriors, clube no qual ele foi campeão da NBA. Ele, que tinha contrato renovado com o Minas e parecia aos 37 anos, ter muita disposição para chegar até os Jogos olímpicos de Tóquio representando a Seleção brasileira, onde ele era um dos principais pontuadores. Mas e agora? Quem vai entrar no lugar dele?

Uma crítica de muitas (minha inclusive) ao trabalho de Aleksandr Petrovic no comando técnico da seleção é manter a tradição de usar muitos os jogadores mais experientes e usar pouco os jogadores jovens, os deixando com pouca ‘cancha’ internacional. Huertas, Leandrinho, Alex, Marquinhos e Varejão é um respeitável quinteto, mas todos acima dos 30 anos e com muitos minutos em quadra- apesar de que no último mundial ele abriu mais espaço para a 'juventude', mas mostrou que ainda não confiança suficiente em todos. Por conta disso,a saída de Leandrinho acaba sendo um ‘mal que vem para o bem’, já que abre espaço no time para dois bons nomes que precisam de mais protagonismo na seleção.

O primeiro é Vitor Benite. Apesar de jogar na mesma posição do que Leandrinho (2 e 3), Benite tem características diferentes, não sendo tão veloz e nem atacando tanto a cesta como o ‘the blur’. Mas o jogador do San Pablo Burgos da Espanha tem uma arma muito forte que é a bola de três pontos, algo que ele vem aprimorando temporada a temporada, inclusive sendo um dos grandes responsáveis pelo seu time chegar a uma inédita semifinal na Liga ACB.

Mas Benite pode ser deixado como um ‘gatilho’ na segunda unidade e colocar Didi Louzada no quinteto inicial. Poderíamos até batizá-lo - com todas as licenças possíveis - como ‘sucessor’ de Leandrinho. Ele é um jogador rápido, ataca bem a cesta e o Pelicans – time que o draftou na NBA – o mandou para Liga Australiana, que tem um jogo um pouco parecido com a NBA, para ele pegar mais experiência e não ficar só treinando ou jogando na D-league como fizeram com o Bruno Caboclo e pode ser muito útil ainda – enquanto a NBA deixar, já que ele tem boas chances de ser aproveitado nessa temporada.

Outra opção – que não gosto muito – é jogar com dois armadores, algo que Petrovic fez no mundial, com Rafa Luz/ou Yago Mateus (o Raulzinho deve entrar aí no pré-olímpico, quem sabe) e Marcelinho Huertas juntos. Acho válido em algum momento do jogo, mas temos armadores que precisam muito da bola para criarem as jogadas e o seu próprio arremesso, então não espero ver isso como regra no quinteto titular do Brasil, apenas como opção tática no decorrer de uma partida.

O certo é que perder Leandrinho é um grande prejuízo, em qualquer situação. Até porque era ele que fica com a bola no fim dos jogos da seleção quando a coisa aperta, e alguém teria que assumir esse protagonismo nesse grupo, de pontuar e chamar pra si a responsabilidade quando a coisa fica complicada. Ao menos, ele é dos veteranos, o mais substituível, por assim dizer, afinal, quem vai ser o grande marcador do Brasil quando Alex Garcia se aposentar? Quem vai ser o leão de rebotes quando Varejão encerrar seu ciclo na seleção? Como disse, acima dos males, o menor.

E quero encerrar deixando o meu muito obrigado pelos serviços prestados Leandrinho, afinal ele esteve defendendo o Brasil desde 2002. Sucesso na nova jornada!


Foto: Fiba/Divulgação

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