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Coluna Buzzer Beater - Brilha, Damiris!



Temos uma brasileira brilhando no basquete americano. Damiris Dantas tem feito grandes atuações pelo Minnesota Lynx na temporada da WNBA que está sendo disputado na bolha de Bradenton,no estado da Flórida. 

Aos 27 anos, a pivô vem mostrado versatilidade no poderio ofensivo e assumindo um protagonismo na forte equipe estadunidense que faz este humilde fã do basquete feminino sonhar com o próximo ciclo olímpico de Paris, com o técnico da seleção José Neto montando uma baita equipe em que Damiris possa brilhar e ser bem assessorada pelas suas companheiras (perdão pelo modo EMPOLGOU).

Em sua sexta temporada na liga americana, Damiris está com as melhores médias da carreira em pontos (11.9 por jogo), rebotes (5.6 por jogo) e roubadas de bolo (1.4 por jogo). Jogando na posição quatro - A super pivô Sylvia Fowles joga na posição 5 e é a dona do garrafão das Lynx -, Damiris tem sido uma opção muito segura de arremessos e tem espaçado muito bem no ataque, o que provam suas medias de arremessos (45.6%) e de 3 pontos (40.6%). Não foi à toa que Damiris conseguiu um career high com 28 pontos contra o Chicago Sky na última quarta (2), com direito a 100% nas bolas triplas - cinco de cinco. A atleta está mais focada e demonstrando claro amadurecimento dentro e fora das quadras, se posicionando contra o racismo e violência policial junto das outras jogadoras da WNBA, algo que a gente não vê tanto um atleta brasileiro fazer.

E por que é importante esse protagonismo de Damiris? Ter uma jogadora com confiança na seleção é fundamental, ainda mais com a pivô já sabendo que ela vai ser a líder da seleção para tentar a vaga para Paris 2024. Afinal Clarissa e Érika, atletas que dividem o protagonismo atualmente com ela, estão com mais de 30 anos e - principalmente a segunda - não deverá estar na seleção quando tivermos aqueles trocentos pré-olímpicos que a FIBA inventou fazer pra ter mais jogos de basquete feminino.

O que José Neto - que vai trabalhar no basquete masculino treinando uma equipe em Angola em paralelo ao trabalho da seleção feminina - terá que desenvolver é um esquema ofensivo em que Damiris possa se destacar (e não ficar sobrecarregada, a gente já viu com a Érika no auge como é deixar uma jogadora como única opção ofensiva, as adversárias marcavam ela e pronto, o Brasil não sabia o que fazer com a bola no ataque e arremessava de qualquer jeito). 

Ela consegue pontuar em qualquer área ofensiva e pode tirar pivôs mais pesadas do garrafão com seus arremessos de três e de perímetro, facilitando infiltrações das armadoras brasileiras. Na defesa, pode ser uma boa pegadora de rebotes e defendendo com mais agressividade - o que a seleção já faz, graças ao ótimo trabalho defensivo do Zé Neto - Damiris vai ter o mesmo impacto nos dois lados da quadra e ser um tormento para as adversárias (assim esperamos).

Com o Minnesota Lynx na quarta colocação da WNBA atualmente, Damiris terá mais partidas para mostrar serviço nessa reta final da temporada regular e nos playoffs poderá mostrar que está mais do que pronta para brilhar em seu clube e na seleção. É o que todos esperamos.

foto: WNBA/Divulgação

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