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Paulo André e Alison dos Santos reencontram pista e seleção em Portugal


O velocista Paulo André de Oliveira e o barreirista Alison dos Santos, o Piu (ambos do Pinheiros), são dois dos integrantes do atletismo na Missão Europa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em Rio Maior, Portugal. Paulo André e seu treinador e pai Carlos Camilo de Oliveira estavam trabalhando na pista de Vila Velha, no Espírito Santo, onde vivem, mas sentiam falta do convívio com os integrantes da seleção brasileira. Mas para Alison e seu treinador Felipe de Siqueira o camping do Rio Maior Sports Centre foi um reencontro com a pista - o último treino havia sido em Chula Vista, Califórnia, nos Estados Unidos, há quase cinco meses, num ano atrapalhado pela pandemia da COVID-19.

O primeiro grupo de representantes do atletismo na Missão Europa do COB deixou o Brasil há sete dias (18/8). Mais dois grupos se juntam a este primeiro em Portugal até o início de setembro. Todos seguem os protocolos com a realização de testes de detecção do novo coronavírus 72 horas antes do embarque e repetindo os exames na chegada a Portugal, na entrada no Rio Maior Sports Centre.

Paulo André, de 21 anos, tem 10.02 como recorde pessoal e quer correr abaixo dos 10 segundos nos próximos meses. "O Paulo está bem, treinou na Vila Olímpica de Vila Velha e está em forma", comentou Camilo." Os treinos aqui estão tranquilos. Tudo ótimo. Estamos treinando normalmente e o único objetivo agora para a temporada é competir o Troféu Brasil (em dezembro, em São Paulo)", acrescentou.

"Mantive a regularidade nos 10.00 nos últimos anos e agora quero correr várias vezes na casa dos 9. Preciso correr isso, mas não adianta correr 9.99. Tem de ser mais baixo", destacou o velocista que tem os dois melhores tempos do Brasil e da América do Sul nos 100 m em 2019: 10.02 (1.5), em abril, em Azuza, Estados Unidos, e 10.04 (0.9), em junho, em Braga, Portugal.

Alison dos Santos, de 20 anos, cresceu muito no atletismo, com resultados bons em 2019, chegando a ser finalista dos 400 m com barreiras no Mundial de Doha. "Estávamos treinando de maneira adaptada no Brasil e essa primeira semana aqui foi de retorno. O Alison ficou um tempo em São Joaquim da Barra, a cidade em que nasceu, e lá estava treinando no asfalto. Essa primeira semana aqui foi de adaptação", disse o treinador Felipe de Siqueira.

A opção por Portugal, dentro da Missão Europa, foi por conhecer o local e aprovar a estrutura de preparação montada pelo COB. "Em outros momentos já viemos para cá. A gente gosta muito do clima, da estrutura e principalmente aqui em Rio Maior, uma cidade pequena em que temos tranquilidade para trabalhar, se concentrar, para retomar os treinos enfim. O COB e a CBAt mais uma vez estão de parabéns pela hotelaria, alimentação e o pessoal do staff do COB. Está sendo muito bom", completou Felipe.

O reencontro com a pista no caso do Alison está sendo gradativo, segundo Felipe. O último contato do campeão pan-americano em Lima, Peru, em 2019, com a pista havia sido em fevereiro e março, em Chula Vista, na Califórnia (retornou ao Brasil em 28 de março), antes da pandemia. "Estamos voltando devagar para não correr o risco de alguma lesão indesejável."

"Seguimos uma programação de treinamento individual e do revezamento. Temos trabalhado detalhes com o time para continuar evoluindo", disse Felipe, referindo-se também ao revezamento masculino, quarto colocado no Mundial de Doha, Catar, e ouro no Mundial de Yokohama, Japão. O treinador também quer dar continuidade aos trabalhos iniciados juntamente com os técnicos do Laboratório Olímpico do COB visando a atuação do revezamento nos Jogos de Tóquio, que agora serão em 2021.

"Não tinha tido contato com o grupo ainda este ano e era importante reunir o time. O meu pessoal (Jorge Vides, Derick Souza, Lorraine Martins e Andressa Fidelis) entrou numa pista pela primeira vez nesse 'pós-pandemia' aqui em Portugal. Só estavam treinando no Parque do Ibirapuera e em academia."

Foto: Rede do Esporte/Pedro Ramos

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