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Letônia ameaça abandonar posto de co-anfitriã do Mundial de Hóquei no Gelo de 2021, após problemas políticos em Belarus


A Letônia está ameaçando abandonar o posto de co-anfitriã do Campeonato Mundial de Hóquei no Gelo de 2021, ao menos que a Federação Internacional da modalidade (IIHF) permita que a nação organize o evento com outro país que não seja Belarus.

Isso porque Belarus, anfitrião principal do evento, está passando por problemas políticos e sociais após a polêmica quinta reeleição de Alexander Lukashenko como presidente do país, resultado que causou uma onda de protestos e violência. 

De acordo com a LETA, principal agência de notícias da Letônia, o primeiro-ministro do país, Krišjānis Kariņš, revelou que entrou em negociações com a IIHF para que seja escolhido um novo país sede, substituindo Belarus.

"Se a Federação se recusar e a situação em Belarus ainda não mudar, o governo pode decidir que a Letônia não participará da organização da Copa do Mundo de 2021", disse Kariņš após uma reunião extraordinária do governo.

A IIHF deverá discutir o futuro do Mundial durante o mês de setembro. Porém, o presidente da entidade, Rene Fasel, disse que deverá seguir com os planos atuais de realização do evento e reiterou que nenhuma sondagem foi feita para uma mudança de sede. 

A princípio, Belarus deverá receber o Mundial de Hóquei no Gelo de 2021 na Arena de Minsk, sua capital, enquanto a Letônia deverá recepcionar o evento na Arena de Riga, também capital do país. 

Mas por que estão ocorrendo protestos em Belarus?

Lukashenko é conhecido por muitos no Ocidente como o "último ditador na Europa". Isso porque ele está no comando de Belarus desde 20 de julho 1994. 

A princípio, os mandatos no país deveriam durar cinco anos, podendo ser prolongados por mais cinco anos. Mas Lukashenko utilizou de diversos artifícios para se manter no poder. Após um referendo realizado em 1996, ele conseguiu postergar as eleições que deveriam ocorrer em 1999, para 2001. 

Posteriormente, o mandatário bielorrusso conseguiu uma alteração na Constituição do país para eliminar o número de vezes em que o presidente poderia se reeleger, passando então por outros cinco pleitos (2001, 2006, 2010, 2015 e 2020). 

Na votação realizada no último dia 9 de agosto, Lukashenko foi eleito com 79,7% dos votos de acordo com as pesquisas de boca de urna do país, um resultado diferente do que levantamentos anteriores apontavam. Além disso, o ditador tem histórico de interferir no resultado dos pleitos. 

No dia das eleições, ele ordenou o bloqueio da internet em todo o país, ato considerado uma estratégia para que uma contagem paralela de votos não fosse realizada. 

Tais ocorrências desencadearam uma série de protestos em Minsk, Moscou, capital da Rússia, e Kiev, capital da Ucrãnia, com pessoas munidas de cartazes com palavras de ordem, clamando pela saída de Lukashenko do poder. 

Foto: Vasily Fedosenko/Reuters

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