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Em live, atletas da nova geração paralímpica ressaltam a importância das redes sociais para o esporte


Na Live Paralímpica do último dia, 12, os jovens atletas Maria Clara Silva, do atletismo, Vitor Tavares, do parabadminton, e Wendell Belarmino, da natação, compartilharam experiências nas grandes competições em 2019 e como as redes sociais os ajudam a divulgar suas respectivas modalidades. O coordenador do Desporto Escolar do CPB, Ramon Pereira, também participou desta transmissão e contou sobre os projetos do CPB para atletas mais jovens. 

Maria Clara, 16, da classe T47, competiu pela primeira vez nas Paralimpíadas Escolares em 2016 e no ano passado representou o Brasil nacionalmente no Mundial de Jovens na Suíça e nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019. 

Na capital peruana, a potiguar foi a atleta mais jovem da delegação brasileira e seu melhor resultado foi o quinto lugar nos 200m na classe T47. No Mundial da Suíça, Maria Clara conquistou duas medalhas de ouro e uma de prata. 

“Eu só soube que era a mais nova depois que cheguei em Lima. Fiquei surpresa e feliz. Foi muito legal poder estar perto de grandes atletas como Verônica Hipólito, Petrúcio Ferreira e Vinícius Rodrigues. Eu só os conhecia pela internet e foi uma experiência muito legal poder estar com eles em uma competição como o Parapan”, relatou a atleta que tem má-formação congênita abaixo do cotovelo no braço esquerdo. 

A jovem também relatou como os papeis se inverteram e hoje ela é inspiração e aconselha adolescentes que querem começar no esporte. “Tenho conversado pela internet com uma menina de 12 anos que quer começar a competir. Estou incentivando, contando como é ser atleta”, contou. 

O nadador Wendell Belarmino, 22, também começou a competir nas Paralimpíadas Escolares, em 2013. O brasiliense nasceu com glaucoma e atualmente compete na classe S11 (para cegos). No ano passado, ele conquistou sete medalhas nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, sendo cinco de ouro e duas de prata, e sagrou-se campeão mundial nos 50m livre em Londres 2019. No bate-papo, Wendell contou como utiliza as redes sociais no seu dia a dia. 

“Eu uso mais o Instagram para compartilhar os meus treinos, fotos. O Marcão [técnico de Wendell] que tira as fotos para mim no dia a dia lá na piscina. Mas eu também conto com uma assessoria para publicar, gerenciar, as redes sociais para mim”, explicou o nadador que está no grupo de atletas que retornou aos treinos na abertura parcial do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, no mês de julho. 

O coordenador de Desporto Escolar do CPB, Ramon Pereira, contou como surgiram as Paralimpíadas Escolares e compartilhou outros projetos da entidade para jovens atletas. 

“As Paralimpíadas Escolares começaram em 2006 apenas com atletismo e natação. Em 2009, nós aumentamos para dez modalidades e, hoje, temos 12. Temos também o Camping Escolar Paralímpico, pelo qual os atletas passam 20 dias no CT Paralímpico para treinar, nos meses de janeiro e julho, para não comprometer as aulas. Os atletas precisam se comprometer em participar das competições, dos regionais, manter os tempos. Os atletas do atletismo e goallbal que participaram do camping foram a base das equipes brasileiras que disputaram os mundiais de jovens das modalidades”, informou Ramon, ex-técnico da Seleção de futebol de 5. 

As Paralimpíadas Escolares são o maior evento para atletas em idade estudantil do mundo e na edição de 2019 reuniu mais de 1.200 atletas de todas as unidades da federação. A competição já revelou grandes nomes como os velocistas Alan Fonteles, Petrúcio Ferreira, Verônica Hipólito. 

Vitor Tavares, contou que no começo do parabadminton precisou buscar informações sobre a modalidade e como utiliza a internet hoje para divulgar a modalidade. “O meu técnico e eu entramos em contato com a confederação, buscamos informações na internet sobre. Era muito novo e tivemos de ir atrás das regras e tudo mais. Hoje, divulgo a modalidade no meu perfil do Instagram, ainda é muito recente e as pessoas não conhecem direito. A internet ajuda muito também em relação a patrocínio”, contou o jogador, que tem hipocondoplasia, forma mais branda do nanismo. 

Semelhante aos demais atletas convidados, Vitor também teve a temporada anterior agitada e com bons resultados. Antes de disputar os Jogos Parapan-Americanos de Lima, ele faturou três medalhas de bronze no Mundial da modalidade na Suíça e na sequência disputou os Jogos de Lima, onde sagrou-se campeão parapan-americano. 

Foto: Divulgação

O parabadminton estreia no programa paralímpico nos Jogos de Tóquio, no ano que vem.

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