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Reuniões diárias garantem saúde mental e foco de atletas olímpicos


As Olimpíadas de Tóquio, marcadas para julho de 2020, foram adiadas para 2021, mas o trabalho duro dos atletas não. Porém, a mudança de cenário no mundo fez com que as estratégias fossem ajustadas. Agora, além do preparo físico, a mente nunca teve tanta importância para um esportista que queira fazer história em sua modalidade.

O isolamento mexeu de todas as formas com a estrutura para o treinamento dos atletas. Foi preciso buscar uma saída (geralmente caseira), para manter o preparo físico e as habilidades específicas de cada modalidade. Mas, diante dessa situação de caos, mais importante que o preparo físico é o preparo mental. Se negligenciado, pode provocar danos irreversíveis. 

Em qualquer competição, treinar a mente é importante. É preciso manter a concentração, o foco, dar o seu melhor de forma consciente, independentemente de um adversário ter um ótimo desempenho antes da sua vez de mostrar seu melhor, ou de alguém ter feito alguma crítica, tentando desestabilizar seu equilíbrio psicológico. 

A expectativa de anos de treinamento pode gerar frustração irreversível diante do adiamento de um grande torneio. Por isso, a treinadora mental, Mayra Ramos, do projeto Atleta Campeão, encontrou uma forma eficiente de manter o foco de atletas em todo o mundo. 

Todos os dias, às 10h da manhã, dezenas de atletas se reúnem em uma videoconferência e participam de dinâmicas e diversos treinamentos mentais para evitar que haja prejuízo psicológico desses atletas.

“O treinamento mental é fundamental para o sucesso em qualquer modalidade. Mudança de planos faz parte de qualquer processo. Mas, mudanças bruscas, como as provocadas pela pandemia de Covid-19, são bem mais agressivas e poderiam gerar prejuízos irreparáveis aos meus atletas. Pensando em ajudar no suporte mental e emocional, criamos um grupo e traçamos estratégias campeãs”, explica Mayra. 

Especialistas de diversos segmentos, como psicólogos e treinadores mentais, por exemplo, participam dessas reuniões e oferecem ferramentas importantes para o grupo. “Mapas mentais, ferramentas como Metas Smart, roda do esporte, etc... são aplicados sem que os atletas percebam. Provocam reflexões e nos ajudam a cumprir a missão deste processo, que é ajudar esses jovens talentos”, conta o psicólogo do esporte Pablo Rosa. 

“É como se todos nós estivéssemos de mãos dadas. Às vezes, um acaba balançando, mas nós ajudamos a manter a cabeça erguida! O fato de nos encontrarmos todos os dias ajuda a diminuir a sensação de solidão”, explica a patinadora Júlia Barbieri. 

“Sozinho seria difícil conseguir! É muito difícil ver nossos planos adiados, ver tanto esforço e expectativas prejudicados. Mas, quando entendemos que esse prejuízo é igual pra todo mundo que se preparava para fazer bonito em Tóquio, e nos conscientizamos que é preciso ceder para que o mundo volte a ter saúde, e que nós só precisamos continuar nos ajudando nesse grupo, a missão fica menos pesada”, complementa o nadador Felipe França, que leva na bagagem 2 olimpíadas.

Foto: Divulgação

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