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Online e gratuitos, cursos do IOB se disseminam na quarentena e chegam a 24 estados do país


Atrair cada vez mais alunos, oriundos de todos as modalidades esportivas e de todos os cantos do país. Este é um dos grandes objetivos do Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), departamento de educação do COB, que promove uma formação profissional de alta qualidade a atletas, treinadores e gestores do esporte nacional desde 2009. E, como os próprios números sugerem, a meta traçada vem sendo cumprida à risca.

No último mês de junho, o IOB lançou novas edições dos cursos Fundamentos da Administração Esportiva (FAE) e Curso Básico de Gestão para Treinadores (CBGT), atraindo 359 alunos. Além do recorde de 43 atletas inscritos, outro número inédito foi o de estados representados: 24, mais o Distrito Federal. Dentre todas as unidades federativas do país, somente Mato Grosso e Roraima não possuem representantes.

“A nacionalização é uma meta ambiciosa que queremos atingir, especialmente pelo fato do Brasil ser um país de dimensões continentais, de diversidade social e cultural. Dessa forma, desde seu início, o IOB trata de investir em programas e cursos no formato de ensino a distância, assim como na divulgação de oportunidades e na oferta de bolsas de estudo”, explica Soraya Carvalho, gerente do Instituto Olímpico Brasileiro.

Gratuitos e disponíveis em plataforma online, os dois cursos têm 91 inscritos exclusivamente nas regiões Norte e Nordeste. A possibilidade de acompanhar o CBGT em ambiente virtual foi um dos motivos que levaram a treinadora Ronélia Viana, formada em Educação Física na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a se inscrever pela primeira vez em um curso do IOB.

“Se o curso fosse presencial, não teria condições de fazê-lo. O custo seria bem alto por causa do deslocamento e das passagens aéreas. Dessa forma, é possível ajustarmos os horários sem deixarmos as outras demandas de lado”, diz a ex-jogadora de futsal, que atualmente possui uma empresa em Manaus voltada à iniciação esportiva nesta e em outras modalidades, como judô, jiu-jitsu, dança e ginástica rítmica.

Ronélia elogia ainda o programa do Curso Básico de Gestão para Treinadores, que visa desenvolver habilidades e competências relacionadas ao planejamento e à gestão financeira, de pessoas e de conflitos.


“São conteúdos que não recebemos tanta ênfase na faculdade, é uma carência que existe na área. É muito difícil ter capacitações e especializações voltadas aos treinadores. Ou são para gestores que trabalham em clubes e instituições, ou são formações totalmente tecnicistas para os treinadores”, diz a profissional de 32 anos, única mulher dentre os seis amazonenses inscritos no CBGT e no FAE.

Outro exemplo bem-sucedido do enorme alcance dos cursos oferecidos pelo COB e dos excelentes resultados apresentados vem de Choró, interior do Ceará. No município com aproximadamente 13 mil habitantes, um professor da rede pública estadual já se tornou frequentador assíduo das aulas do Instituto Olímpico Brasileiro. Trata-se de Pedro Hugo Almeida, profissional de educação física, que já participou anteriormente do Curso de Iniciação Esportiva e Valores Olímpicos (CIEVO), da Academia Brasileira de Treinadores (ABT).

“Trabalho como professor de ensino médio, mas desenvolvo atividades esportivas no contraturno escolar. Além disso, sou presidente da Associação de Desporto e Eventos (ADEVE), em Choró, onde organizo diversas competições. Já levei equipes de basquete aos Jogos Abertos do Ceará e atualmente tenho ensinado ainda vôlei e futsal. Após a pandemia, pretendo aplicar ainda o flag football”, afirma o professor da Escola de Ensino Médio Emanuel, referindo-se à modalidade derivada do futebol americano, cuja principal diferença está no contato entre os jogadores: no flag, não é preciso derrubar o adversário para interromper seu avanço.

Assim como Ronélia, Pedro Hugo não realiza um trabalho voltado ao alto rendimento, e sim ao desenvolvimento físico e lúdico dos jovens de 15 a 17 anos. 

“Os cursos que fiz no IOB me deram um norte de como trabalhar, seguindo diretrizes que não atrasem o desenvolvimento do esportista. Decidi fazer o CBGT para aprimorar meu conhecimento, aplicá-lo nas diversas manifestações da cultural corporal do movimento e contribuir ainda mais com a nossa comunidade em Choró”, conclui o professor, que sonha se especializar na área de gestão esportiva, com ênfase em treinamento.

O FAE e o CBGT não foram os únicos cursos lançados pelo Instituto Olímpico Brasileiro na quarentena. Além deles, estão disponíveis o Curso de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Abuso no Esporte (PEAAE), destinado a atletas, treinadores e gestores; e o Curso de Iniciação Esportiva e Valores Olímpicos, voltado a professores, treinadores e estudantes de Educação Física

Foto: Heitor Vilela/COB.

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