Apesar da Guerra Civil ainda seguir em curso na Somália, a vida no país vai tentando voltar ao normal aos poucos. Nesta terça (30 de junho), o Estádio Nacional de Mogadishu celebrou sua renovação, às vésperas do aniversário de 60 anos da independência do país, com o clássico nacional entre Mogadishu City Club e Horseed Sports Club, dois dos principais times da Premier League nacional.
O Presidente do país, Mohamed Abdullahi Mohamed, deu o primeiro chute na bola do estádio que estava fechado desde 2004 e receberá não só os jogos do time nacional, conhecido como Ocean Stars, mas também da Liga Nacional que também voltou à ação após três meses suspensa devido ao Covid-19, informou o Somaliland Standard.
🇸🇴 Hoje fazem 60 anos da independência da #Somália do 🇬🇧.— Surto Olímpico (@SurtoOlimpico) July 1, 2020
Confira o principal momento esportivo do país e ouça o (antigo) hino da @Somalia, quando Abdi Bile foi Campeão Mundial dos 1500m no Mundial de Atletismo de Roma, em 1987 #SomaliaTurns60 (6/12) https://t.co/VN2kqm7DZQ
O Estádio foi retornado à Federação de Futebol da Somália (SFF, na sigla em inglês) após anos de ocupação por parte das forças militares do país. O presidente da entidade, Abdiqani Said Arab, disse à Federação Internacional de Futebol (FIFA) que os novos escritórios da federação serão construídos ao lado do Estádio, com apoio financeiro da FIFA.
O estádio foi construído em 1977 e fechou os portões no início da guerra civil em 1991. A partir de 1993, tropas norte-americanas e o exército paquistanês usaram o estádio de base enquanto apoiavam a Missão de Paz da ONU na Somália. Reaberto no fim de 1995, o Mogadishu Stadium fechou novamente em 2004, servindo de base militar quando tropas etíopes foram ao país apoiar a luta do frágil Governo conta as Cortes Islâmicas entre 2007 e 2009.
O Al Shabaab eventualmente tomou controle do estádio em Janeiro de 2009 e seus militantes ficaram lá até 6 de agosto de 2011, quando foram forçados a deixar a capital do país. Os últimos "residentes não-esportivos" foram os representantes da Missão de Paz da União Africana na Somália (AMISOM, em inglês), que enfim, deixaram o estádio em 28 de agosto de 2018, dando início a um processo de renovação que durou quase dois anos.
🇸🇴🏃— Surto Olímpico (@SurtoOlimpico) July 1, 2020
Apesar disso, @teamsomalia_ ainda não ganhou medalha nas @Olimpiadas.
A #Somalia estreou nos Jogos em 1972, mas aderiu aos boicotes de 76 e 80 e devido à fome não foi em 92. @abdibile1960 teve o melhor resultado do país na história: 6º nos 1500m de Atlanta 1996. (7/12) pic.twitter.com/FHUHBuNpkz
A normalização da prática esportiva no país está sendo apoiada também pela Fifa com a reconstrução do Estádio de Waamo, na cidade portuária de Kismayo, a 500 quilômetros do sul da capital, sob os auspícios do Projeto Adiante da FIFA (FIFA Forward Project). A obra deverá ficar pronta ao final do ano.
A Somália apenas esteve presente nos Jogos Olímpicos com representantes do atletismo e atualmente conta com muitos cidadãos que refugiaram-se em países da América e Europa, alcançando fama, como Mo Farah, pelo Reino Unido. Nenhum atleta representante do país garantiu vaga para os Jogos de Tóquio.
A Somália apenas esteve presente nos Jogos Olímpicos com representantes do atletismo e atualmente conta com muitos cidadãos que refugiaram-se em países da América e Europa, alcançando fama, como Mo Farah, pelo Reino Unido. Nenhum atleta representante do país garantiu vaga para os Jogos de Tóquio.
Foto: Divulgação
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