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Canadense campeã mundial declara: "Se o esporte precisa esperar um ano ou 18 meses, então é exatamente isso que devemos fazer"


Em entrevista à rede canadense CBC, neste domingo (05), a campeã mundial nos 100m com barreiras em 2007, Perdita Felicien, falou sobre a situação do Covid-19 em relação à mudança na vida dos atletas e mostrou preocupação com a situação. Com duas participações olímpicas e dez canecos nacionais na conta, ela acredita que o esporte tem que ser segunda opção no momento.

"Eu não sou uma daquelas pessoas que sentem que precisamos praticar esportes agora. Sinto que o maior chamado agora é: vamos controlar a Covid. Se o esporte precisa esperar um ano ou 18 meses, então é exatamente isso que devemos fazer".

Adiado para 2021, os Jogos Olímpicos de Tóquio ainda são uma incógnita, não só quanto a realização, mas ainda sobre a presença de público se os Jogos prosseguirem. O Comitê Olímpico Internacional (COI), o Comitê Organizador, e o governo do Japão trabalham com essa situação. Enquanto isso, os atletas esperam apreensivos.

"Tem sido muito difícil e desqualificou completamente suas expectativas e o que eles estavam preparados para fazer - com apenas três meses de antecedência", disse a corredora de barreiras aposentada Perdita Felicien.

"Não estamos falando de um mês ou duas semanas. [Estamos falando] de ano. Isso é enorme no ciclo de vida de um atleta olímpico".

Felicien acrescentou estar preocupada com os patrocínios dos atletas, que dependem da realização dos Jogos para se manterem financeiramente.

"[Para] muitos atletas, pelo menos no atletismo, este é o fim do ano da sua parceria, o que significa que este é o fim do seu contrato olímpico. Os parceiros olímpicos se inscrevem por mais um ano ou mais quatro anos? O que eles fazem com isso? ", disse.

Também em entrevista a CBC News, a chefe de missão do Time Canadá, Marnie McBean, comentou as mudanças na vida dos atletas.

"Dizer repentinamente 'mais um ano' suga todo o oxigênio dos atletas ... porque, de repente, os planos que eles tinham vão para o lixo", disse Marnie McBean, três vezes medalhista de ouro olímpico no remo e chefe de missão do Canadá para os Jogos de Tóquio.

McBean mostrou-se preocupada com a vida dos atletas. Muitos administram carreiras e planos de vida além do esporte. O ciclo de quatro anos dos Jogos Olímpicos está atrelado a eles.

"Alguns atletas terão um plano como: quer saber? Eu vou para as Olimpíadas e só então eu e meu parceiro vamos ter um filho", disse McBean. Ela ainda acredita haver um lado positivo da pandemia.



"Os atletas se reconectaram com sua alegria pelo esporte. Já faz muito tempo que eles perderam o esporte, porque parecia trabalho por muito tempo", conta a chefe de missão, citando o post de Jennifer Abel, canadense dos saltos ornamentais.

Foto: Mike Ridewood / Team Canada

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