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Atletas e profissionais do CPB ressaltam maiores desafios psicológicos durante a pandemia


A psicologia esportiva e os desafios psicológicos durante a pandemia foram os principais destaques da primeira Live Paralímpica do mês de julho, realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) nesta quarta-feira, 8, quando aconteceu a estreia do novo formato da transmissão, com mais participantes e um tema central a ser debatido. Participaram da conversa a mesa-tenista Danielle Rauen, o nadador Bruno Becker, a psicóloga do CPB Bruna Bardella e o diretor-técnico do CPB, Alberto Martins.

A psicóloga do CPB Bruna Bardella contou o que mais ouviu dos atletas durante os atendimentos nesse período de isolamento social. “A primeira coisa que trabalhamos foi a definição do que é a pandemia e os efeitos disso nos atletas. Ansiedade, medo, frustração, inclusive felicidade para alguns, foram sentimentos presentes”, contou.

A campeã parapan-americana no tênis de mesa em Lima 2019 Danielle Rauen teve diversos sentimentos nesse período de isolamento social.

“Inicialmente o sentimento foi de dúvida de quanto tudo isso iria durar. Estávamos em um ritmo de treino muito forte. Não fomos para um campeonato na Espanha devido aos riscos à nossa saúde. A gente não sabia ainda da decisão de adiamento dos Jogos, eu saí de São Paulo, vim para a casa dos meus pais em Santa Catarina, achando que seria super rápido. É um momento que eu também posso ficar com os meus pais, algo que não consigo fazer já que moro em São Paulo devido aos treinamentos”, contou a atleta que tem atrofia muscular devido a artrite reumatoide juvenil e compete na classe 9 do tênis de mesa.

O nadador Bruno Becker, dono de três bronzes no Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, contou os desafios da sua nova rotina de treinos. “Consegui uma piscina ao céu aberto para treinar e tem sido um grande desafio treinar na água gelada no auge do inverno no Sul. A Bruna, que é minha psicóloga, me ajudou muito a controlar a ansiedade. Os atendimentos online têm sido muito bom, é o mais seguro porque fico na minha casa”, explicou.

Para o diretor técnico do CPB, Alberto Martins, os maiores desafios estão relacionados ao fechamento e, agora, a reabertura parcial do Centro de Treinamento Paralímpico.

“O CPB tomou a atitude de fechar o CT Paralímpico quando ainda não se falava em fechar tudo. Foi uma decisão dura, principalmente porque os Jogos de Tóquio ainda não estavam adiados. No dia seguinte ao fechamos, vimos nossos atletas treinando do lado de fora do CT e isso foi muito difícil, mexeu com a gente. Elaboramos um programa de acompanhamento para os atletas não se sentissem desamparados. Agora, com a abertura parcial das instalações, a preocupação está com aqueles atletas que não vão voltar aos treinos”, contou o diretor técnico.

Foto: Divulgação/cpb

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