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Arqueiro Bernardo Oliveira lidera campanha de doação de sangue: "É importante usar nossa influência para o bem"


Embora a Covid-19 tenha consumido grande parte do foco no setor da saúde nos últimos meses, muitos pacientes ainda precisam de doações de sangue. A fonte dessas doações diminuiu devido às medidas de distanciamento social. Acompanhando as notícias de sua casa em Brasília, o atleta Bernardo Oliveira, da seleção brasileira de tiro com arco, decidiu aumentar a conscientização sobre o assunto.

"Embora estejamos isolados em casa, ainda há muitas pessoas que precisam de ajuda", disse Bernardo à World Archery, entidade que regulamenta a modalidade no mundo. "Pessoas com câncer, pessoas que sofrem acidentes de carro - elas ainda precisam de sangue".

Ciente disso, o brasileiro, após efetuar sua doação, consultou o assessor de imprensa de um banco de sangue local e foi em seguida às suas redes sociais para incentivar seus colegas atletas no Brasil a ajudarem a defender a causa. Em post no Instagram, Bernardo desafiou esportistas e chamou a atenção para a importância da doação de sangue.



Um dos atletas convocados por Bernardo, Matheus Américo, especialista na corrida de 800 metros do atletismo, aceitou o desafio e abraçou a campanha do arqueiro.

"Concordei imediatamente", contou Matheus. "Você não pode recusar algo assim. Eu rapidamente percebi que poderia fazer a diferença na vida de outra pessoa e também motivar outros atletas e a comunidade a doar”.

Segundo Bernardo Oliveira, não há nenhuma meta de doações estabelecidas no desafio, mas, sim, o desejo de que os atletas e a comunidade possam se unir em prol de um bem maior.

"Não há metas para as quais estaríamos mirando", afirmou. “O objetivo final é simplesmente fazer com que as pessoas doem sempre que puderem. Não importa onde eles estão, qual estado, qual cidade. É nosso dever usar a influência que nos foi dada para sempre. Eu só quero fazer minha parte".

Os atletas tendem a se ver melhor preparados para evitar as piores consequências da Covid-19, por serem, em geral, mais aptos fisicamente. O arqueiro brasileiro, porém, enfatiza que os esportistas estão entre os mais afetados pela pandemia, por terem sua meticulosa rotina interrompida pelo adiamento dos torneios e pela paralisação dos treinamentos.

"Nos esportes de alto nível, tentamos controlar tudo", pontuou Bernardo Oliveira. “Queremos controlar todas as variáveis ​​que pudermos - para alcançar o melhor desempenho possível. E então chegam esses tempos difíceis. Não sabemos como será o amanhã. Não sabemos para o que nos preparar. Nos sentimos tão impotentes. Não há nada que possamos fazer sobre isso".





Integrante da equipe brasileira que competiu nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, Bernardo participou há duas semanas da segunda edição do Lockdown Knockout, torneio de tiro com arco disputado remotamente. O atleta acabou eliminado nas quartas-de-final, após derrota para o canadense Crispin Duenas, que venceu o campeonato

O resultado que o brasileiro deseja obter nesta quarentena, porém, é outro: seguir ajudando a sociedade.

"É engraçado", afirmou. “Quando tudo está acontecendo com normalidade, todos desejam tempo para parar, respirar e pensar. E agora nós temos isso. Não há mais desculpa. Todos nós tivemos a oportunidade de melhorar e estou tentando tirar o máximo proveito disso".

De maneira geral, a doação de sangue pode ser feita por pessoas entre 16 e 69 anos que pesem mais de 50kg. Para conhecer as especificações e obter maiores informações, acesse o site do Ministério da Saúde ou procure o Hemocentro de sua cidade. Vale lembrar que as restrições de doação a homens que mantiverem relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses, antes estabelecidas, foram removidas pelo Governo Federal em maio deste ano, tornando-os aptos para doar.


Foto: Reprodução Twitter / World Archery

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