A RUSADA, Agência Russa Antidoping, está investigando 27 casos em que há possibilidade de violações nas regras antidoping por atletas no mês de maio. A vice-diretora da entidade, Margarita Pakhnostskaya, revelou esses dados que excedem o número de casos de suspeitos dos primeiros quatro meses de 2020 (22 ao todo).
Ainda neste ano, também foram notificados 72 casos em que ocorreram problemas na acessibilidade aos atletas para que estes realizassem seus exames. Nestas ocasiões os atletas perderam os exames ou não puderam fornecer informações precisas de onde estavam.
"Em maio, nossos funcionários revelaram uma violação das regras de acessibilidade para testes", disse Pakhnotskaya, em entrevista à agência de notícias russa TASS. "No total, foram registradas 72 violações de janeiro a maio".
De acordo com Pakhnotskaya, ocorreram 38 casos de testes perdidos e outros 34 em que atletas não disseram onde estavam com precisão.
Os testes antidoping haviam sido suspensos no dia 27 de março, após os presidente da Rússia, Vladmir Putin autorizar apenas o trabalho de pessoas ligadas ao serviço essencial, por causa da pandemia de coronavírus. Entretanto, a RUSADA retomou suas atividades no dia 20 de maio, com os funcionários da entidade atuando com roupas especiais para evitar a propagação da doença.
No ano passado a RUSADA havia examinado 202 possíveis violações das regras antidoping.
RUSADA x WADA
Vale lembrar que a partir do dia 2 de novembro, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) passa a julgar o recurso da RUSADA contra a punição imposta pela Agência Mundial Antidoping (WADA). Caso o CAS decida a favor da WADA, a Rússia será banida de competições internacionais por quatro anos e poderão participar apenas os atletas russos que comprovarem que não estão trapaceando, sendo obrigados atuar sob bandeira neutra.
A WADA aplicou o banimento russo em dezembro do ano passado, após suposta manipulação de dados do Laboratório de Moscou sobre casos de doping.
Foto: Sputnik/Vladmir Pesnya
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