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Campeão Mundial de Revezamentos, Paulo André está pronto para os novos desafios na carreira


Melhor velocista do País nos últimos três anos, Paulo André Camilo de Oliveira (Pinheiros) garante estar pronto para manter o seu reinado, apesar de todas as limitações impostas pela pandemia da COVID-19 e as restrições do isolamento social.

Em live promovida no instagram da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) no início da noite do último dia 18, Paulo André mostrou-se muito confiante e, aos 21 anos, sonha em alcançar uma medalha olímpica e superar diversas vezes a barreira dos 10 segundos nos 100 m.

Em constante evolução, motivos não faltam para o otimismo do velocista paulista de Santo André radicado desde criança na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo.

"Estou podendo treinar normalmente na pista da Vila Olímpica e só improviso um pouco na musculação, já que a academia está fechada. Mas estou pronto e ansioso para competir. Quando os Jogos Olímpicos de Tóquio foram adiados para 2021, decidi com a minha equipe manter a preparação", comentou Paulo André, tricampeão dos 100 m no Troféu Brasil Caixa de Atletismo (é o recordista do evento, com 10.02).

O velocista, orientado pelo pai e treinador Carlos José Camilo de Oliveira, ficou mais animado ainda depois que a World Atlhetics (ex-IAAF) divulgou um calendário provisório de competições para o segundo semestre de 2020. "Se tiver oportunidade, quero participar de alguns meetings porque estou mais pronto do que nunca", disse o semifinalista dos 100 m no Mundial de Atletismo de Doha-2019.

O objetivo está definido: correr a prova abaixo dos 10 segundos e tornar-se o primeiro sul-americano a alcançar esse proeza na história. No Troféu Brasil Caixa de 2019, Paulo André venceu os 100 m, em 9.90, mas a marca não pôde ser homologada porque havia vento favorável de 3.2 m/s, bem acima do limite de 2 m/s.

"Mantive a regularidade nos 10 segundos e agora quero correr várias vezes na casa dos 9. Estou pensando alto, em 9.90 ou 9.80. Preciso ratificar isso, com marca homologada. Não adianta correr 9.99. Tem de ser mais baixo", destacou o velocista que tem os dois melhores tempos do Brasil e da América do Sul nos 100 m em 2019: 10.02 (1.5), em abril, em Azuza, Estados Unidos, e 10.04 (0.9), em junho, em Braga, Portugal.

Enquanto não consegue alcançar o objetivo, Paulo André sonha com o revezamento 4x100 m. "Nossa realidade hoje é o 4x100 m. Temos um grupo muito forte e unido, que já provou ser competitivo", lembrou. A equipe formada por Rodrigo Nascimento, Jorge Vides, Derick Souza e Paulo André conquistou em maio de 2019 o título inédito do Campeonato Mundial de Revezamentos, em Yokohama, no Japão. "A vitória foi inesquecível. A gente vinha sofrendo com resultados não tão bons nos treinos nos Estados Unidos e depois no Japão e de repente tudo encaixou", disse.

O revezamento 4x100 m masculino conquistou também em 2019 a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, repetindo a formação de Yokohama. No Mundial de Doha, o pódio escapou por muito pouco. A equipe, que teve Vitor Hugo dos Santos no lugar de Jorge Vides, terminou em quarto lugar, com 37.72, novo recorde sul-americano. O recorde anterior era do Brasil desde a Olimpíada de Sydney-2000, com 37.90 (tinha 19 anos).

Com o desejo de cursar Educação Física e Marketing, após encerrar a carreira, o atleta garante manter todos os cuidados necessários nesta época de pandemia. "Treino isolado, uso máscara e tomo os cuidados com a higiene, como lavar as mãos e usar álcool em gel. Essa quarentena afeta todo o mundo também mentalmente. Por isso, é preciso manter-se sempre ocupado", concluiu o atleta, que ganhou também a medalha de prata nos 100 m dos Jogos Pan-Americanos de Lima e ouro na Universíade de Nápoles em 2019.

Foto: Fernando doa Reis/CBAt

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