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Atleta da ginástica de trampolim usa a meditação para melhorar performance em busca de vaga para Tóquio


Camilla Lopes, da ginástica de trampolim, participou da conversa virtual no Instagram do Time Brasil na quinta-feira, dia 14 de maio. Direto de sua casa em Nova Jersey, Estados Unidos, a campeã dos Jogos Sul-Ametricanos de Cochabamba 2018 falou sobre sua carreira e respondeu questões dos torcedores. Uma das primeiras perguntas foi sobre seu preparo para as competições.

“Em competições o foco muda um pouco. A meditação tem ajudado a melhorar a minha performance. Eu foco na respiração, faço visualizações antes de dormir. Fecho os olhos penso na competição que quero realizar, imagino o ginásio, vejo a série como eu quero que ela seja feita. E acredito mais em mim”, disse a atleta. 

Ela confessou que ficou apreensiva no início da pandemia do COVID-19 e que foi um alívio o adiamento dos Jogos de Tóquio para 2021. “Foi uma decisão difícil. Uma parte de mim fica aliviada, pois é um tempo a mais para treinar e, quem sabe conquistar a vaga para os Jogos, mas também fico preocupada pois não temos calendário. A melhor coisa a fazer é ter uma boa atitude. Todos, nesse momento, estamos juntos para acabar com esse vírus e sair dessa mais forte”, disse a ginasta que ainda não assegurou sua vaga para os Jogos Olímpicos, mas ainda tem chance de classificação na Copa do Mundo de Brescia da Ginástica de Trampolim, que foi adiada. Ela está em 16° ranking mundial e é reserva na seleção brasileira. 

Quando criança, o sonho de Camilla era ser jogadora de vôlei. Aos oito anos, no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, fez teste para a escolinha de vôlei, mas se apaixonou pela ginástica artística. Ela lembra que de tanto brincar no trampolim, uma espécie de cama elástica, seu técnico na época a indicou para treinar especificamente o aparelho. Não parou mais. Venceu seu primeiro campeonato brasileiro em 2004 e, no ano seguinte, foi classificada para um troneio internacional.

Ela ressalta que a disputa por uma vaga na ginástica de trampolim nos Jogos Olímpicos é acirrada : “São apenas 16 vagas no masculino e 16 no feminino. Então são os 16 melhores do mundo. Na ginástica artística é diferente, têm aparelhos e equipe, e vemos quase 100 atletas competindo”, diz ela que torce para que o trampolim sincronizado, que não é uma modalidade olímpica, integre os Jogos de Paris 2024. A apresentação no sincronizado é em dupla e Camilla e Alice Lopes alcançaram feitos inéditos para o Brasil. Durante dois anos consecutivos, elas chegaram ao quarto lugar no mundial da categoria.

Quando perguntada sobre momentos difíceis no esporte, ela recordou de suas lesões e falou da importância do trabalho do COB junto aos atletas. “Depois de um ano da minha lesão, meu pé voltou a doer antes dos Jogos Sul-americanos de Cochabamba de 2018. Fui a única brasileira classificada, fiquei tensa, mas deu tudo certo e ganhei os jogos. O COB me ajudou muito com fisioterapia e uso até hoje o que me foi indicada por eles. Não sinto mais nada”, contou feliz a atleta que tem cinco estatuetas do Prêmio Brasil Olímpico na estante. “O Brasil tem muito a crescer na ginástica de trampolim, tem muita gente nova e boa chegando”.

Foto: Washington Alves/COB

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