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Atleta olímpico iraniano infectado pelo coronavírus conta sobre efeitos da doença


O atleta iraniano Ehsan Haddadi, atual campeão asiático de lançamento de disco e medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, relatou ao portal Indian Express como foram os dias em que esteve infectado pelo coronavírus. Ele vinha de uma série intensa de treinamentos, em que se sentia muito bem, até que os sintomas da doença surgiram.

"Nunca me senti tão fraco antes. Estava doendo por todo o lado", disse o atleta de 35 anos. No dia anterior aos primeiros sintomas, Haddadi havia feito o jantar de seus pais, pois estavam se sentindo mal. Então todos eles foram submetidos ao teste, com resultado sendo positivo para o coronavírus. 

Um atleta olímpico de ponta, com físico e saúde privilegiadas, que oito anos antes havia ficado na frente de outros 38 lançadores, conquistando uma medalha de prata nas Olimpíadas, a primeira do Irã no atletismo em toda história, mas que agora enfrentava uma outra batalha, muito mais difícil do que era imaginado.

"Sou tão grande e forte que nunca imaginei que algo tão pequeno pudesse me incomodar tanto. Talvez eu precisasse ter 145 kgs. Provavelmente o vírus não teria me afetado", disse Haddadi, com uma risada. "Nos 10 primeiros dias foi muito difícil. Mas disse a mim mesmo que iria lutar contra isso, pois atletas são saudáveis e precisaria de alguns dias para me recuperar. Lembro-me do sexto dia, eu estava sem fôlego. Lentamente a situação melhorou", declarou.

Foto: Reuters
Haddadi, que já passou por cinco cirurgias sempre recebendo alta no mesmo dia, comentou sobre como foi ficar isolado em seu período de recuperação da infecção do coronavírus. "Quando estava na cama, pensei muito na vida. Eu percebi o quão débil se é. Você pode ser saudável um dia e morrer no dia seguinte. Correr atrás de conquistas não é o único objetivo da vida. Você precisa ser um bom ser humano, pois é isso que conta no final", apontou o atleta. 

O atleta iraniano domina os Jogos Asiáticos desde 2006 em sua modalidade, conquistando quatro medalhas de ouro. Ele também foi medalhista de bronze no Campeonato Mundial de Atletismo em Daegu em 2011. 

Adiada para 2021, as Olimpíadas de Tóquio poderão ser a última oportunidade para Haddadi buscar mais uma medalha no evento. "Não é um cenário favorável para atletas acima de 30 anos, porque você não sabe como seu corpo vai reagir. Para pessoas que sofrem muitas lesões, eu diria que é uma benção disfarçada. Haverá tempo para recuperação. Na verdade, espero que os Jogos Olímpicos sejam realizados ano que vem, de fato. Mas não quero me incomodar pensando nisso", disse o atleta. 

Foto: Reprodução/YouTube

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