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Entidades e pais de atletas discutem cuidados com skatistas menores de idade em Tóquio



O STU Open, que abriu a segunda janela da classificação olímpica de Tóquio 2020, teve uma média de idade entre os melhores colocados das finais é de 18,08 anos, sendo que, dos 12 nomes, quatro são menores de idade. Toda essa juventude chama a atenção e reacende o debate sobre a falta de idade mínima para disputar o skate olímpico.

Para Tóquio 2020, contudo, nada mudará. É certo que haverá um bom número de menores de idade competindo e, inclusive, com chances de medalha olímpica. E é por isso que entidades ligadas ao skate e os pais dos atletas discutem um planejamento que vise dar segurança e tranquilidade para os esportistas, sobretudo os mais novos.

"O assunto é delicado, mas é algo natural no skate. Você vê os pódios... Existe essa questão da juventude. Temos que tratar disso de uma forma muito profissional. É preciso ter psicólogas, por exemplo, estudos... Eu imagino que o COI também, a World Skate com certeza, e nós da CBSk usamos muito isso, questões profissionais. E o segundo é estar junto da família. Esse tipo de caso, o entorno do esportista, é muito importante. Ali estão as informações, a segurança, é ali que é passada ou não a pressão no dia a dia, e nosso trabalho é muito mais com a família" comentou Eduardo Musa, presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk) em entrevista ao site globoesporte.com

Chamam a atenção os casos do Park e do Street femininos. Na primeira modalidade, a número 1 do ranking da World Skate, atual campeã mundial e vencedora do STU Open é a japonesa Misugu Okamoto, de 13 anos. Completaram o pódio da competição no Rio de Janeiro a também nipônica Sakura Yosozumi, de 17 anos, e a britânica Sky Brown, xodó do público, de apenas 11, que busca ser a competidora mais jovem do Reino Unido na Olimpíada. Para se ter uma ideia, ela precisou sair correndo depois das premiações do evento para pegar um voo, pois tem uma prova no colégio no Japão.

No Street feminino, Pâmela Rosa é quase uma veterana aos 20 anos. A brasileira venceu o STU Open, é a atual campeã mundial e número 1 do mundo. A vice-colocada, tanto da disputa que aconteceu no Rio de Janeiro quanto do Mundial, é a pequena Rayssa Leal, de 11 anos, segunda na lista da World Skate. Aori Nishimura, do Japão, que completou o pódio na Barra da Tijuca, tem apenas 18.

O problema maior, na realidade, é em relação aos menores de idade. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) e a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) começaram no início de novembro o planejamento para a Olimpíada de Tóquio 2020 e, entre os assuntos, esteve na mesa a questão sobretudo da hospedagem dos atletas que têm menos de 18 anos, como Rayssa Leal. Seus pais poderiam acompanhá-los na Vila Olímpica? Eles podem ter tutores por lá?

Esse tema ainda vai evoluir até os Jogos, e a World Skate, federação internacional da modalidade, pode até mesmo rever a questão da idade mínima - ou criar novas regras - para a próxima edição, no caso, Paris 2024. Evidentemente, Tóquio 2020 servirá de teste. No Japão, é certo que veremos crianças como Sky Brown, Rayssa Leal e Misugu Okamoto em ação e, quem sabe, no pódio.

"Eu acho que tem vários aspectos que têm que ser levados em conta. Se falarmos que é um assunto tranquilo, não é. Há desde questões mais simples, como logística, e outros mais delicados, como a pressão de estar disputando um evento tão grandioso como a Olimpíada, mas vamos lidar com eles"  relatou o presidente da CBSk, Eduardo Musa.

O certo é que o clima criado nas competições internacionais de skate é interessante e deverá ser sentido nos Jogos Olímpicos também. Há muitas famílias que levam as crianças para assistir competidores que, muitas vezes, têm sua idade ou até mesmo são mais novos.

Pai da pequena Rayssa Leal, de 11 anos, Haroldo afirmou que confia no planejamento da CBSk, do COB e do COI para proteger e cuidar das atletas menores de idade. Ele disse que é essencial que as famílias estejam perto das skatistas. Ele mesmo estará em Tóquio com a esportista.

"A gente tem esse cuidado. A CBSk, COB e COI estão montando uma estratégia boa para ter a Rayssa e as outras meninas menores de idade. Eu, particularmente, tenho duas pessoas de confiança que estarão lá dentro da Vila Olímpica (a psicóloga e a assessora da CBSk). Mas não vamos deixar de estar com ela no Japão. O COB vai levá-la para a Casa Brasil e vamos passar o dia, o máximo que puder, para dar apoio a ela. Eu acho isso legal. Quando ingressei no skate há seis anos, fomos muito bem acolhidos. Acho incrível o carinho e o cuidado que as pessoas têm com as meninas, com a Rayssa, é incrível" concluiu.

com informações do site globesporte.com

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