Cinqüenta e uma mulheres estão processando o Comitê Olímpico dos EUA, seus membros do conselho e alguns ex-oficiais de alto escalão por não terem conseguido evitar o abuso cometido pelo médico Larry Nassar.
O processo, aberto na terça-feira em um tribunal federal em Denver, detalha o abuso no final dos anos 90. Uma das vítimas tinha 8 anos de idade.
A maioria argumenta que, por serem jovens e sexualmente inexperientes, não sabiam que estavam sendo abusadas na época. Alguns ficaram sabendo quando outras vítimas começaram a contar suas histórias publicamente em 2018, denunciando Nassar sobre pornografia infantil e abuso sexual. Outros agiram após a publicação de um relatório em dezembro do ano passado, o qual detalhava a lenta tomada de medidas por parte do USOC (Comitê Olímpico) aos casos de abuso sexual.
O processo alega que o USOC violou o Título IX da Constituição por não agir prontamente e com mais ênfase.
O órgão administrativo tentou se retirar como réu em várias outras ações judiciais similares, alegando que não deveria ser considerado legalmente responsável pelos crimes de Nassar. Essas ações incluem a Confederação de Ginástica Americana (USA Gymnastics( como réus, mas esta é representada pelo USOC, que tem sede em Colorado.
Além da indenização, os requerentes estão pedindo reformas institucionais no USOC. Praticamente todos os principais executivos - incluindo o presidente, CEO e diretor de desempenho esportivo - saíram voluntariamente ou foram demitidos desde a sentença de Nassar em janeiro de 2018.
Foto:Divulgação
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