As mudanças promovidas pela nova gestão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) atingiram o alto escalão da entidade. Homem-forte da Era Nuzman, o secretário-geral e diretor financeiro Sérgio Lobo foi demitido nesta quarta-feira. Ele estava no COB desde abril de 2002 e era dono do maior salário do corpo de diretores executivos do COB. Segundo o site da ESPN, o salário anual dele, incluindo o 13º, era de R$ 1.146.600,00, mais de R$ 88 mil por mês.
O desligamento de Lobo tem relação direta com o corte de gastos promovido pela administração do presidente Paulo Wanderley e que levará, nos próximos seis meses, à transferência da sede do COB para o Parque Aquático Maria Lenk. Mas o dirigente também tinha forte vínculo com o ex-presidente Carlos Arthur Nuzman, atualmente proibido pela Justiça de frequentar as dependências do COB e do Comitê Rio 2016.
Lobo não é alvo de investigação, mas o nome dele aparece no depoimento da secretária de Nuzman, Maria Celeste, à Polícia Federal. No trecho em questão, ela menciona que o diretor tinha ciência de um e-mail de Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), cobrando um pagamento pendente. Segundo a secretária, ele teria dito que “precisava resolver isto”.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Nuzman teria sido o elo entre o empresário Arthur Soares – parceiro de negócios ilícitos do ex-governador Sérgio Cabral - e Papa Massata Diack, possibilitando o pagamento de propina para a compra de votos que levariam à eleição do Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016.
com informações de globoesporte.com
foto: Divulgação
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