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COB cria nova fórmula de distribuição de verbas da Lei Agnelo-Piva

Uma das principais fontes de combustível financeiro para o esporte olímpico do país desde sua criação no começo da década passada, a Lei Agnelo-Piva sempre foi considerada excelente por dirigentes, treinadores e atletas brasileiros. Mas igualmente foi várias vezes alvo de crítica por causa dos critérios usados na distribuição das verbas, que irrigam mais as confederações mais "ricas" e com melhores resultados que as carentes de patrocínios privados e de medalhas. Para o novo presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, é necessário buscar uma nova fórmula, que sem deixar de valorizar a uns, não se esqueça de cuidar de outros.

"Temos de buscar o equilíbrio nesta situação. Não podemos penalizar o mérito, correto? Neste sentido, para 2018, foram implementados alguns parâmetros, que não privilegiam, mas dão direito a quem tem mérito. Por outro lado, existe um Projeto Time Brasil Alto Rendimento, que são aqueles que já estão disputando e participando de forma mais efetiva dos Jogos , e um Projeto Time Brasil em Desenvolvimento.  Existe uma dotação orçamentária já prevista para suplementar essas entidades e confederações que estão na fase de desenvolvimento. Foi o equilíbrio que encontramos para auxiliá-las, não tirando o mérito de quem conquistou o direito, mas para auxiliar aquelas que estão em desenvolvimento." Disse Paulo Wanderley em entrevista ao site globoesporte.com


Para os Jogos Olímpicos do ano passado, no Rio, o COB buscou investir em todas as confederações, porque todas estariam representadas no evento em casa. Agora, para próximos eventos, o mérito deverá ser ainda mais determinante: "O objetivo final do alto rendimento são as conquistas. Ir lá para conquistar. Trabalhamos como objetivo final as Olimpíadas. Para a fase preparatória, temos Jogos Sul-Americanos, Jogos Pan-Americanos... Não se pode dizer que foi às Olimpíadas para se preparar...Preparar-se para quando? Para a próxima Olimpíada? Não... Você chega lá preparado, ou pelo menos com todo o trabalho feito visando aquele momento. Temos de otimizar os recursos. É como a administração em casa."


Em relação ao Bolsa-Atleta, levando-se em conta a expectativa de cortes orçamentários do governo federal para 2018, há a expectativa de uma queda no montante de recursos para os desportistas. Ano passado, visando às Olimpíadas do Rio, o Bolsa Atleta chegou aos R$ 143 milhões, investidos diretamente nos desportistas. Para este ano, a previsão é de R$ 137 milhões. Para 2018, a situação deverá ser dramática. Com os cortes orçamentários, a primeira proposição foi de que os investimentos girassem ao redor de R$ 70 milhões, ou numa previsão mais otimista, algo em torno de R$ 82 milhões. "É uma ação direta ao atleta (por parte do governo). Isso não influencia nos recursos da Lei Agnelo-Piva, para fomento do esporte, treinamento aqui e no exterior. É uma ação direta do Ministério do Esporte para os atletas. A participação do comitê olímpico tem sido muito restrita, porque ele não decide quem recebe ou não recebe. São determinações do próprio governo, mas somos a favor de que o projeto continue, e não seja reduzido"disse Wanderley.


foto: Divulgação

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