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Copresidente da candidatura de Paris-2024 afirma que é a última tentativa da cidade para sediar as Olimpíadas

Ao que parece Paris não deverá mais se candidatar como sede dos Jogos Olímpicos se não vencer a disputa para sede de 2024: "Esta á a sexta vez que Paris se candidata aos Jogos. Se não ganharmos, não haverá mais candidaturas.Se Paris não conseguir sediar os Jogos Olímpicos de 2024, terá sido a última tentativa", afirmou o copresidente da candidatura parisiense, o ex-atleta e lenda da canoagem Tony Estanguet, em entrevista à Agência Efe, na qual também considerou que a capital francesa está "mais preparada que nunca" para ganhar.

O ex-atleta, integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI), acredita que Paris tem mais chances de ganhar agora porque "aprendeu com os erros do passado", principalmente de 2008 e 2012, quando concorria como favorita e foi superada por Pequim e Londres, respectivamente.

Estanguet se sente à frente de uma candidatura "essencialmente apoiada em atletas, não em políticos", e que "vai na linha do que o COI pediu, um projeto razoável, sem despesas desmensuradas e pensando muito nos atletas". Assim como na época da canoagem, Estanguet não acredita nas previsões, reconhece que a concorrência com Budapeste, e sobretudo com Los Angeles, "está aberta", mas avisa que "a vitória será decidida na reta final".

Segundo o dirigente, não significa muito que as casas de apostas considerem Paris como favorita, da mesma forma que as pesquisas feitas por revistas especializadas. "Isso não serve para nada. É preciso trabalhar com a mesma intensidade até o final, sem cometer erros", comentou.

A próxima etapa da escolha será realizada no dia 3 de fevereiro, quando as três candidatas apresentarão em Lausanne o projeto definitivo. Sem fazer referência às cidades rivais, Estanguet defende os Jogos em Paris e garante que são "muito inspirados nos de Barcelona (1992)", os primeiros que viveu como espectador.

"(Em Barcelona) foi provado que os Jogos podem transformar uma cidade e nós queremos fazer o mesmo, que o centro de Paris seja um parque olímpico, que as pessoas possam ir a pé do Grand Palais aos Palácio dos Inválidos e à Torre Eiffel, e a Roland Garros", detalhou.

Ao contrário de Los Angeles, onde o peso financeiro da candidatura recai no capital privado, Paris combinou dinheiro público com o apoio de 13 grandes empresas, o que para o ex-atleta permite lidar com aspectos como a herança das instalações, o meio ambiente e a acessibilidade para deficientes físicos.

Estanguet também mencionou um assunto sensível, a possível vitória da ultradireitista Marine le Pen nas eleições presidenciais a partir de abril. "Não temo a vitória de Marine le Pen. Tivemos contatos com todos os candidatos. Com ela, não, mas não é um assunto que me preocupe. Acredito que temos os franceses por trás e os políticos não irão contra os cidadãos", contou.

O dirigente sabe que Paris abriga a maior parte das esperanças da Europa para receber os Jogos Olímpicos, que seriam os primeiros no Velho Continente em 12 anos.

Por isso, espera que os integrantes europeus do COI, que são a maioria, pensem a favor da "dimensão internacional" que os Jogos de Paris teriam para todo o continente e não façam cálculos de outro tipo, como as chances de outras cidades caso a capital francesa fracasse." Quando atuamos divididos, perdemos. Em 2028, podem surgir outras opções fortes na Ásia, na África, na Oceania. Se trabalharmos juntos, teremos mais Jogos na Europa", considerou. 


Com informações de UOL
foto: Divulgação

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