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Judoca Flavio Canto relembra bronze em Atenas em papo com seleção olímpica em Mangaratiba

A melhor energia que Flavio Canto sentiu em uma competição foi nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, mesmo tendo saído de lá com o cotovelo machucado. Essa confissão foi feita pelo judoca em papo com a seleção brasileira na manhã na segunda-feira, após o treino da equipe que se prepara para competir em casa os Jogos Olímpicos de 2016.

Convidado pela gestão de Alto Rendimento da CBJ para participar da atividade, Canto não hesitou, encontrou uma brecha na concorrida agenda de apresentador e comentarista de TV, e veio à Costa Verde dar uma força aos amigos de tatame que tentarão repetir seu feito de Atenas, quando colocou o judô brasileiro no pódio.

Foi sobre essa conquista que ele falou nos 30 minutos de conversa com os 14 convocados para o Rio. Lembrou-se do momento mais difícil de sua preparação, quando seu pai passou por graves problemas de saúde às vésperas da competição e contou ainda como foi a noite anterior à sua luta na Grécia.

“Eu não consegui dormi. Tinha um livro do Che Guevara que eu queria terminar e passei a noite em claro lendo. Quando o Jun (técnico Luiz Shinohara) veio me chamar às 6h da manhã eu me dei conta de que não havia dormido, fechei os olhos por um segundo e levantei”, relembra. “Para mim, nunca fez muita diferença dormir ou não na véspera de uma grande competição. Já ganhei dormindo mal e já perdi dormindo bem.”

Naquele dia, Flavio Canto escreveria seu nome na história do esporte ao conquistar a medalha de bronze na categoria meio-médio. O ouro não veio por um detalhe, segundo ele. 

“Eu demorei, psicologicamente, a entrar na competição. Só senti de verdade quando perdi. Dali em diante eu sentia que nada mais importava e que eu ia ganhar de quem viesse. Tive coragem para arriscar, para vencer. E quando acabou a luta do bronze foi um alívio”, conta.

Antes de encerrar, Canto lembrou uma frase de seu ídolo Aurélio Miguel sobre o imponderável sempre presente em Jogos Olímpicos, “onde a mágica acontece.”

“Os favoritos aqui não têm que levar isso como pressão. Têm que botar medo mesmo nos adversários. E os ‘fiascos’ têm que acreditar que a mágica pode acontecer com vocês também”, aconselhou.

Ele é o sexto medalhista olímpico que passa pela concentração em Mangaratiba para servir de exemplo aos judocas da atual geração. Douglas Vieira, Luis Onmura, Chiaki Ishii, Aurélio Miguel e Walter Carmona já estiveram nos treinos ao longo da última semana. Henrique Guimarães e Carlos Honorato serão os últimos, nesta semana.  

Foto: CBJ


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