Foto: Brasil 2016 |
Faltando um mês da abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o discurso
das autoridades responsáveis pela organização é de tranquilidade: as
arenas estão ajustadas para as competições, os legados para a cidade já
podem ser vistos e vividos, e a cidade está pronta para o megaevento.
Nesta terça-feira (05.07), o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, o
prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente do Comitê Organizador,
Carlos Nuzman, falaram sobre a reta final de preparação na Nave do
Conhecimento Cidade Olímpica, que a prefeitura inaugurou na Praça do
Trem, ao lado do Estádio Olímpico, o Engenhão, no Rio de Janeiro.
“O nosso país e a cidade do Rio chegam a este momento tendo cumprido a
obrigação na organização. O governo federal tem sido parceiro e espera,
ate o término dos Jogos, aprofundar ainda mais essa parceria. O Rio é o
epicentro do movimento olímpico, mas o Brasil inteiro realiza junto os
Jogos Olímpicos. Temos as outras sedes do futebol e pudemos organizar,
ao longo desses anos, uma rede de treinamento que terá o Rio no topo,
transformando-o ainda mais em cidade esportiva”, disse o ministro do
Esporte, Leonardo Picciani.
Estamos muito felizes de chegarmos hoje no estágio em que estamos, com o
apoio que temos e com a certeza de que os Jogos podem começar hoje. As
áreas de competições estão prontas, não só pelos eventos-teste, mas por
tudo o que já foi demonstrado até aqui”, afirmou o presidente do Comitê
Organizador Rio 2016 e do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Nuzman.
Para Nuzman, o Rio iniciou as mudanças de concepção dos Jogos
Olímpicos como defende a chamada Agenda 2020 do Comitê Olímpico
Internacional. “Entendíamos que essas mudanças eram o que o mundo
precisava. Começamos antes a agenda 2020. O Rio muda a história do
movimento olímpico, seja na organização ou na formação dos atletas. A
união dos governos com o Comitê Organizador é algo que não existia”,
disse. “Com o Rio, o Movimento Olímpico Internacional está abrindo
portas para todas as regiões do mundo. Todos podem organizar Jogos
Olímpicos, estando adaptados à região e à realidade de cada um”,
acrescentou.
O Rio com o Rio
Eduardo Paes fez um pedido: que se compare o Rio com o Rio, e não com
outras cidades. Disse que a capital fluminense foi eleita para receber
os Jogos, vencendo concorrentes como Tóquio, Chicago e Madri, exatamente
pela possibilidade de estímulo à transformação. Ele destacou os
projetos de legado. Em uma apresentação de cerca de uma hora, o prefeito
relembrou, uma a uma, as obras que foram entregues “inspiradas pelas
Olimpíadas” desde que o Rio foi eleito sede dos Jogos de 2016.
Foi citada a revitalização de cinco milhões de metros quadrados no
centro da cidade, com 70 quilômetros de ruas e vias urbanizadas. Paes
falou da Orla Conde, com a criação de um corredor cultural que unifica
215 mil metros quadrados de área de convivência e 27 centros culturais.
Foi lembrada a construção do Museu de Arte do Rio e do Museu do Amanhã –
o último já recebeu 680 mil visitantes desde a inauguração, em dezembro
de 2015.
Paes mostrou como os BRTs Transoeste , Transcarioca e agora a Transolímpica têm diminuído e o tempo dos cariocas no trânsito. “Em quatro anos, a
Transoeste deu 100 dias de vida à população, e a Transcarioca deu 124
dias de vida aos passageiros em dois anos, economizando tempo no
transporte público”, disse.
O prefeito falou ainda da duplicação do elevado do Joá, na transição
da Zona Sul para a Barra da Tijuca, e da duplicação de avenidas como a
Salvador Allende e a Embaixador Abelardo Bueno, na Barra/Recreio. Ele
também deu exemplos de melhorias ambientais, como o controle de
enchentes na Grande Tijuca, onde foram construídos cinco reservatórios
para águas pluviais; a entrega do Centro de Tratamento de Resíduos
Seropédica, inaugurado em 2012; e o saneamento de 100% da bacia do Rio
Marangá, na Zona Oeste, tirando milhões de litros de esgoto do caminho
da Baía de Guanabara.
“Os Jogos no Rio são uma espécie de ‘deselitização’ do movimento
olímpico ao vir para a América do Sul, um continente em desenvolvimento.
Foi uma ótima oportunidade de mostrar que é possível, sim, levar os
Jogos para transformar lugares como o Rio, o Brasil, a América do Sul”,
disse Paes.
O prefeito informou que o detalhamento do plano de legado para o
Parque Olímpico, cujo edital de concessão foi lançado em 30 de junho,
será dado na próxima semana, junto com o ministro do Esporte e o
presidente do COB. Paes adiantou que o Estádio Olímpico de Esportes
Aquáticos dará origem a um centro aquático no Parque Madureira e outro
em Campo Grande.
A Nave do Conhecimento Museu Cidade Olímpica vai funcionar na antiga
Oficina de Trens do Engenho de Dentro, que foi reestruturada para
receber o espaço tecnológico. Como nas outras naves que funcionam na
cidade, de acordo com a Prefeitura, serão desenvolvidas atividades
voltadas para a comunidade local, como cursos na área da tecnologia da
informação, produção gráfica, robótica, entre outros. Nesta nova nave, o
foco são os Jogos Olímpicos e Paralímpicos e o legado para a cidade. Um
dos objetivos é incentivar a busca por novos conhecimentos em ciências
e esporte.
Entre as atrações está um Domo Virtual que apresenta as arenas e
espaços que estão sendo preparados para os Jogos, um circuito livre para
que cada visitante possa vivenciar seu esporte favorito, e uma linha do
tempo com a história das Olimpíadas, com infográficos e curiosidades.
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