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Os treinadores da seleção paralímpica Paulo Camargo e José Ricardo
Rizzone elogiaram a evolução de resultados entre os Abertos da Eslovênia
e da Eslováquia, etapas fator 40 do Circuito Mundial 2016.
A delegação
ficou entre 26 de abril e 16 de maio em território europeu e conseguiu
voltar para casa com 14 medalhas ao todo. Em Lasko, os atletas ficaram
cinco vezes entre os três melhores - dois foram medalhistas de prata e
três de bronze, já em Bratislava, os brasileiros subiram no pódio nove
vezes - dois na primeira colocação e sete na terceira . A competição da
Eslovênia foi realizada de 3 a 8 de maio e a da Eslováquia de 10 e 15 do
mesmo mês.
Andantes levam três medalhas na Eslovênia
Em Lasko, das cinco medalhas conquistadas pela seleção, três foram
pelos andantes. Bruna Alexandre (3ª colocada do ranking mundial da
Classe 10) levou a prata ao ter sido superada pela número 1 do mundo da
classe, Yang Qian, na final.
"Na Eslovênia, tivemos bons resultados, principalmente a performance da
atleta Bruna Alexandre, que fez a final da classe 10 feminina contra a
chinesa número 1 do mundo. Apesar da derrota, ela jogou muito bem e, na
semifinal, superou a australiana Melissa Tapper (4ª da 10), medalhista
de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres", disse Paulo que é treinador
dos andantes.
Bruna ainda conquistou o bronze por equipes na Classe 10, ao lado de
Danielle Rauen (9ª da Classe 9) e Jennyfer Parinos (12ª da 9). Para o
técnico, o destaque foi a vitória de Bruna e Danielle sobre as turcas
Neslihan Kavas (3ª na 9) e Ümran Ertis (7ª da 10) na fase de grupos.
"Na prova por equipes, a Classe 10 feminina só perdeu para a forte
equipe da China na final. As atletas Bruna e Danielle mostraram que os
treinos de duplas em Piracicaba (SP) estão sendo positivos e venceram
pela primeira vez a dupla da Turquia, além do entrosamento percebido por
todos", afirmou.
Além delas, na Classe 7, Paulo Salmin (15º da 7) e Israel Stroh (13º da 7) ficaram na terceira colocação por equipes.
Entre os cadeirantes, Rizzone destaca atletas que enfrentaram melhores do mundo
Os cadeirantes conquistaram dois bronzes nas equipes masculinas das
Classes 1 e 2 no Aberto da Eslovênia. Porém, o treinador dos cadeirantes
destaca a atuação de alguns atletas os quais enfrentaram mesatenistas
que estão no topo do ranking mundial.
"Na Eslovênia, a atleta que teve o melhor desempenho foi a Thais
Severo. Ela estava com um jogo sólido, bem regular. Ela se apresentou
tranquila para a competição e acabou sendo uma grata surpresa. Jogou
contra atletas acima do ranking dela, não ganhou, mas complicou demais a
vida das adversárias. Na equipe, ela teve chance contra a turca Nergiz
Altintas, número 8 do mundo na Classe 4, mas não conseguiu suportar a
pressão de ter de fechar, mas isso será trabalhado, ela vai melhorar",
elogiou Rizzone.
Além de Thais Severo (24ª da 3), o técnico também elogiou atuação de Welder Knaf (9º da 3)e David Freitas (27º da 3).
"O Welder, que é o nosso atleta mais experiente e que ganhou uma
medalha paralímpica em Pequim, jogou além das expectativas, porque ele
não vem jogando com muita frequência. Ele conseguiu chegar às quartas de
final, vencendo nas oitavas o chinês Zhao Ping que é 7º do mundo na
Classe 3. Já o David derrotou o 6º colocado no ranking mundial, o
argentino Gabriel Copolla, nas oitavas, mas depois disso não conseguiu
avançar", disse o comandante dos cadeirantes.
Andantes fazem melhor campanha da história na Eslováquia
Cinco medalhas - um ouro e quatro bronzes. Essa foi a marca que os
andantes alcançaram em território eslovaco, a melhor já feita.
"Eslováquia foi a melhor performance individual dos andantes com a
conquista de quatro bronzes e um ouro. No individual, todos os atletas
jogaram bem e apresentaram ótimo nível técnico", elogiou Paulo.
Nas disputas individuais, Bruna foi campeã da Classe 10, Danielle e Jennyfer foram bronze na Classe 8/9.
"Bruna Alexandre jogou muito bem o individual e ficou com o ouro sem
dificuldades. Desta vez, sua performance contra a número 4 do mundo, a
australiana Melissa, foi ainda mais tranquila e venceu por 3 a 0 sem dar
nenhuma chance à medalhista de bronze nas Olimpíadas de Londres",
afirmou o treinador.
"Danielle e Jennyfer, na Classe 9, conseguiram jogar muito bem contra
as adversárias favoritas Kavas, da Turquia, e Pek (4ª da 9), da Polônia.
Na semi-final, ambas perderam por 3 a 1 num jogo muito disputado",
completou.
Além delas, Carlos Carbinatti (18º na 10) foi bronze na Classe 10, mesma medalha de Israel na Classe 7.
"Carbinatti conquistou sua primeira medalha em torneios fator 40
individual e mostrou toda sua evolução e qualidade técnica atual. Stroh,
na Classe 7 individual, ficou com a medalha de bronze e venceu Jordi
Morales, atual quinto colocado no ranking mundial, jogando muito. Na
semi-final, fez uma partida de igual pra igual contra o forte Maksym
Nikolenko (2º da 7), da Ucrânia, que foi medalhista em Londres",
elogiou.
Nas disputas por equipes, os andantes foram responsáveis por trazerem
duas medalhas para o Brasil. Na Classe 7, Paulo e Israel conquistaram o
bronze, enquanto Danielle, Bruna e Jennyfer também ficaram na terceira
posição na Classe 10. Mas para o treinador, a última partida da equipe
feminina foi o destaque.
"O ponto máximo da competição foi na última partida do evento por
equipes da Classe 10 feminina, Danielle Rauen venceu Kavas, que é
medalhista paralímpica e terceira do ranking mundial da Classe 9.
Parciais surpreendentes de 3 a 0 num jogo que Danielle demonstrou
consistência nas trocas de bolas gerais e contra-ataques de forehand
firmes e seguros", enalteceu.
Rizzone se surpreende com melhora em Bratislava
Para Rizzone, quando a seleção disputa duas competições em sequência, a
tendência é que os atletas se saiam melhores na primeira competição.
Não foi o que aconteceu dessa vez.
"No Aberto da Eslováquia, nós tivemos um crescimento. Normalmente, a
nossa performance piora de um torneio para o outro, mas nesse foi
diferente. Jogamos bem melhor. Acho que é por conta do ritmo,
precisávamos disso", comparou o coordenador técnico da seleção
paralímpica.
Cadeirantes ganham duas medalhas na Eslováquia
Duas equipes cadeirantes subiram no pódio em Bratislava. Welder e David
foram ouro na Classe 3 e Thais Severo e Joyce Oliveira (9ª na 4)
levaram o bronze na Classe 4.
"Nossa Classe 3, jogou muito bem, foram campeões. Destaco a
participação das duplas que suportou bem, diferentemente do que
aconteceu na Eslovênia", comparou Rizzone.
"Thais voltou a jogar muito bem. Ela e a Joyce surpreenderam nas duplas
das disputas por equipes, elas nunca tinham jogado juntas. Fomos
melhorando aos poucos no decorrer do torneio e chegamos na terceira
colocação", disse o treinador.
Treinadores aprovam desempenho no Circuito Mundial
Paulo e Rizzone gostaram do que viram nos Abertos da Eslovênia e da
Eslováquia. O treinador enaltece o respeito que os atletas brasileiros
estão ganhando internacionalmente, já o coordenador de seleções
paralímpicas acredita que bons resultados virão nos Jogos Paralímpicos
Rio 2016.
"Estou contente pelas performances positivas apresentadas em eventos
internacionais. A cada ano, apresentamos melhores resultados. O tênis de
mesa brasileiro passou a ser muito mais respeitado no cenário mundial",
contou Paulo.
"Em geral, a gente foi muito bem ,tivemos boas surpresas no campeonato.
Temos tudo para irmos bem nos Jogos Rio 2016, mas vamos treinar mais e
mais para chegarmos lá preparados", finalizou Rizzone.
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