Suspeita de proliferação de uma grave doença em cavalos, em Deodoro, preocupa o comitê organizador dos Jogos Olímpicos de 2016, que acontecerão no Rio de Janeiro.
Deodoro será o local de competição do Hipismo nos Jogos em suas três modalidades - Saltos, Cross Country e Adestramento - nos Jogos Olímpicos.
A doença em questão é o mormo, que é uma doença causada pela bactéria Burkholderia Mallei,
altamente contagiosa e letal para cavalos — quando um animal tem
diagnóstico positivo, o sacrifício é inevitável. A doença é uma zoonose
tida como “silenciosa”, pela ausência de sintomas externos: a bactéria
provoca secreções e nódulos em áreas como mucosas nasais, gânglios
linfáticos e pulmões. O contágio se dá através de contato com material
infectado, como urina, fezes, ou mesmo água compartilhada pelos cavalos.
Um dos pontos a serem avaliados pela FEI (Federação Internacional de Hipismo) é a condição sanitária. A área de competição dos Jogos está em isolamento sanitário há 6 meses e os cavalos do exército que ficam no local foram espalhados por Deodoro.
O ministério e o exército montaram uma força-tarefa para uma varredura
completa não só nos cavalos pertencentes à força, mas também de vários
outros haras do Rio. Como muitos cavalos do Exército disputam
competições de hipismo regularmente, há contato com centenas de outros
animais. O objetivo do govenro federal é que Deodoro conquiste o status
de “Risco Insignificante para Doença de Equídeos”, chancela concedida
pela Organização Mundial de Saúde Animal.
Apenas cavalos nacionais participarão do evento teste, e estão em Barretos, no interior de São Paulo, também isolados.
O evento teste do Hipismo acontecerá a partir do dia 6 de agosto.
Foto: O Globo/Cezar Loureiro
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