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Coluna Lance Livre: De pires na mão


Essa foi uma semana em que a CBB viu escancarada todos os seus problemas. Primeiro, a FIBA admitiu que a CBB tem uma dívida significativa com a entidade, muito provavelmente por causa do valor do convite para o mundial. Também vimos no blog do Fábio Balassiano, uma análise das finanças da CBB e se vê um aumento da dívida da entidade, que chegou a 13 milhões de reais e deixa praticamente a entidade em situação pré-falimentar (já teria falido se fosse uma empresa privada) Minha pergunta não é nem sobre quem vai pagar à FIBA,afinal, vão dar um jeitinho brasileiro e arrumar a grana e pagar dívida (certo, COB?), mas sim, o que será do basquete brasileiro em um futuro bem próximo?

Carlos Nunes pode dizer que na sua administração conseguiu levar de volta a seleção masculina aos jogos olímpicos,que o Brasil fez um mundial em uma ótima posição, mas parece que financeiramente, ele não tem o que dizer a seu favor. Como uma dívida que era de 900 mil reais em 2009 vira 13 milhões em 2014? Isso comprometeu muito da preparação para os jogos olímpicos. Afinal, se tivesse pago o tal valor do convite, já teríamos a vaga garantida e 2015 seria um ano para Magnano e Zanon dar experiência  novos valores que podem brilhar pós 2016 ou até mesmo nos jogos do Rio. Mas há dinheiro. As preparações das seleções de base com certeza estão comprometidas por causa disso, pois ao invés de ficar pelo menos 2 meses se preparando, as seleções se reúnem faltando 20 dias para o início da competição. Por isso que há tempos a seleção masculina de base não tem conseguido chegar aos mundiais sub-17 e sub-19 nos últimos anos.

Outra questão é a dívida aumenta e não se nada para isso. O que a CBB construiu nesse período? Nem o tão sonhado centro de treinamento saiu do papel. E se não fosse o alto valor pago pelo governo via leis de incentivo, não sei se teríamos ainda basquete pra ser disputado.E o governo, que é uma mãe pra CBB, ainda tenta fechar o patrocínio dos Correios! Com esse patrocínio chegando e um corte drástico de custos, talvez o situação melhorasse daqui alguns anos, mas pelo visto, nada foi ou será feito até o momento.

Como disse, o cenário é alarmante. Como o basquete pode se desenvolver no país se não tem um tostão furado para se investir? Um esporte que chegou a ser o segundo esporte dos brasileiros agora pode virar uma vaga lembrança do que foi um dia, pois sem apoio e investimento, os talentos vão minguar até desaparecer e virarmos um país totalmente alheio ao basquete.

Shotclock

- Não entendo muito de Draft, mas acho que o 76ers já tinha muitos pivôs no seu elenco. E que os fãs chatos do Knicks poderiam esperar mais um pouco, o letão tem potencial e pode virar um Nowitzki, um Gasol... quem sabe? Phil Jackson não dá ponto sem nó.

- Quem diz que basquete feminino é chato, deveria ver ao menos os highlights do jogaço que foi Espanha e Montenegro,um dos melhores jogos que vi no ano. O toco providencial no último segundo de Alba Torrens foi espectacular!

- E eu estava apostando na Espanha pra garantir a vaga para 2016...

- E o Pan vem aí, vamos como será a atuação das seleções de basquete, mas eu não espero muita coisa, o que vier tá bom.

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