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Wada analisará a negligência de João Gomes Jr, explica médico brasileiro


Médico brasileiro que integra a Agência Mundial Antidoping (Wada), Eduardo de Rose analisou a situação do nadador João Gomes Jr, que apresentou resultado adverso em um exame antidoping no Mundial de Natação de Piscina Curta, realizado em Doha, no Catar, em dezembro. Em entrevista ao canal SporTV, De Rose comentou sobre a estratégia de defesa do atleta, que deverá alegar contaminação ocorrida em uma farmácia de manipulação. Caso consiga convencer a Fina (Federação Internacional de Natação) de que houve uma contaminação acidental do remédio, o nadador receberia apenas uma advertência.

- Não digo que é comum (a contaminação). Existem farmácias de manipulação excelentes e as que podem apresentar algum tipo de problema. Na minha opinião, é um risco muito grande um atleta partir para um suplemento de farmácia de manipulação, onde pode se cometer um erro que pode prejudicá-lo. Importante saber que esse diurético é uma substância especificada, uma daquelas muito bem tratadas pelo código novo, que é mais flexível para esse tipo de substância. Ele vai ser isento da culpa dele, mas o que vai ser julgado é a negligência ou não dele em  assumir um suplemento no qual poderia ter alguma contaminação. A sanção desse atleta vai depender que entendimento que o painel de doping fizer da negligência maior ou menor dele em consumir esse suplemento. Isso é frequente na natação, muito frequente no Brasil, onde a maioria dos dopings positivos são sem culpabilidade, a partir ocasionalmente de uma medicação que não tem a finalidade de aumentar performance, ou por um suplemento em que o atleta acha que vai ajudá-lo, mas não sabe que é proibido pela Wada - destacou.

O Brasil terminou o Mundial de Doha em primeiro lugar, com sete medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze. João Gomes Jr. entrou na água para as eliminatórias dos revezamentos 4x50m medley, 4x100m medley e 4x50m medley misto. Se confirmado o doping, o Brasil perderá os três ouros conquistados nestas provas, caindo para a quinta posição na classificação final.

Durante sua participação no programa, De Rose fez uma análise do novo código da Wada, válido desde 1º de janeiro, que traz mudanças significativas para o controle do esporte a um ano e meio dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.

- O Código é muito mais duro com quem tenta antieticamente aumentar seu desempenho físico no esporte. A punição que tinha nível de dois anos agora é de quatro para o atleta flagrado com droga efetiva para aumentar performance. Por outro lado, o código é bem mais flexível com o atleta que é pego casualmente com uma substância que está na lista da Wada, mas que não teve intencionalidade de aumentar o seu desempenho na competição, às vezes é um comprimido para dor de cabeça, uma medicação para o nariz ou um suplemento alimentar onde entra essa substância. O novo código também vai afetar a equipe e o entorno do atleta. Os médicos e preparadores físicos serão punidos também. E esses preparador físicos estão proibidos de treinar terceiros. Esse outro atleta, se for treinador por eles, será igualmente suspenso, mesmo não tendo sido flagrado em doping. E a terceira modificação é a introdução de um sistema especifico para cada disciplina. O doping era só um para todos os esportes, agora em 2015 existe a obrigatoriedade de mínimo de controle específico para cada modalidade - destacou.

Fonte: sportv.globo.com

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