Peter Siemsen, presidente do Fluminense, saiu em defesa de seu pai, após acusações feitas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que estaria recebendo o Bolsa Atleta por bom desempenho em uma competição que não se encaixaria com as regras do programa. Segundo o mandatário tricolor, Peter Dirk Siemsen, de 85 anos, não teria conhecimento de que seria um dos contemplados. Além disso, a bolsa - de R$22 mil anuais - teria sido indicada pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela).
- Meu pai tem 85 anos, usa marca-passo, não consegue correr (regatas) faz um tempo. Ele está viajando, a maior parte do tempo fora do Brasil. Ele ficou surpreso. Nem sabia do que se tratava - afirmou o presidente do Fluminense.
- Foi a confederação quem ofereceu. Ele dá apoio a barcos. O dele, de fato, vem ganhando na classe. Ele entendeu que era um apoio, um patrocínio. Só que não é. Não tem o menor sentido. Acho que houve um erro de comunicação - justificou.
O nome de Peter Dirk Siemsen, que é presidente do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva da CBVela, foi um dos 6.667 divulgados pela portaria n° 142, de 1º de julho de 2014. A lista indica os contemplados com o Programa Bolsa Atleta. Siemsen estaria enquadrado na categoria Atleta Internacional, já que sua indicação foi por uma competição sul-americana de ORC 500, de vela de oceano, na qual foi vice-campeão.
- Ele não precisa disso. Nas décadas de 1980 e 1990, financiou do próprio bolso atletas brasileiros. Ele usa o barco dele faz muitos anos. Nunca usou recurso público. E o patrimônio dele hoje é maior do que na época. Não precisa de dinheiro público. A gente fez uma solicitação de descredenciamento. Faz uns três meses que ele recebe. Ele recebeu R$7,8 mil. A gente vai fazer um reembolso. Falamos com o Ministério do Esporte. Devolveremos o dinheiro. Há um constrangimento - disse Peter Siemsen.
Fonte e imagem: globoesporte.com
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