As férias foram curtas. Assim que retornou do Mundial da Polônia, Bernardinho cumpriu compromissos referentes ao time do Rio de Janeiro. Logo em seguida, passou três dias internado num hospital recuperando-se de uma cirurgia de urgência no rim. Ri ao dizer que ficou amarrado por lá só metade do tempo inicialmente previsto. Tinha prometido às filhas que iria para a Disney e nem pensou em voltar atrás. Durante o período, sobrou tempo para pensar na temporada que está prestes a se iniciar na Superliga e também naquela final contra os poloneses, na qual a seleção criou as oportunidades para conquistar seu quarto título, mas não soube aproveitá-las e acabou vendo o time anfitrião erguer o troféu.
- Deu para pensar no time, nas contusões que enfrentamos e continuamos jogando. Mas na decisão não conseguimos jogar bem. Nossa busca é entender o que precisamos fazer para dar o último passo importante. Ficamos em segundo lugar nas últimas competições. Não é vexaminoso, mas queremos mais. E isso requer um questionamento de todos de como evoluir. Os mais jovens têm que ser mais decisivos, os outros têm que evoluir mais. Murilo, que fez um ótimo trabalho no Mundial apesar das dores, acabou de fazer uma cirurgia no ombro. Isso mostra que ele quer ir bem no clube, mas também mostra um comprometimento com a seleção - disse.
De olho no ouro que escapou das mãos nas Olimpíadas de Londres 2012, o técnico espera que a equipe evolua em 2015 para que chegue outra vez com chances reais de estar no alto do pódio nos Jogos do Rio, no ano seguinte. Ressalta que será preciso que cada um dê um algo mais. Sobre a possibilidade de vir a ser punido por ter reclamado da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) após a disputa da final do Mundial - como declarou o presidente da entidade, o brasileiro Ary Graça, há duas semanas - Bernardinho disse que não recebeu qualquer notificação.
A cabeça do treinador já pensa lá na frente quando o assunto é seleção, mas se divide também com o presente. Bernardinho quer manter a escrita vitoriosa na Superliga. Montou um novo elenco, desta vez sem jogadoras estrangeiras, para buscar o décimo título da equipe.
- Reconstruímos o grupo. As três que estavam no Mundial da Itália (Natália, Gabi e Carol) estão com bom ritmo. Vamos ter um campeonato equilibrado pela frente. Estamos no grupo das equipes que vão brigar pelo título, mas precisamos de um time sólido. Optamos desta vez por não recorrer ao mercado internacional, é um ano de eleição, com dólar alto. Optamos por trazer a Natália de volta.
O primeiro compromisso das atuais campeãs da competição será no dia 7 de novembro, às 21h30 (de Brasília), contra o Rio do Sul, no ginásio do Tijuca.
fonte:globoesporte.com
foto: Danielle Rocha
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