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Empresa que venderá ingressos dos Jogos de 2016 é investigada por suborno


Anunciada no último mês de setembro como empresa responsável pela venda de ingressos das Olimpíadas do Rio de Janeiro, a CTS Eventim está sendo investigada desde 2009 pelo Ministério Público de Munique por suspeita de pagamento de propinas para firmar contrato na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.

Por meio do CEO Klaus-Peter Schulenberg, a CTS teria feito um acordo com o ex-diretor da Federação Alemã de Futebol, Willi Behr, para vencer a concorrência para venda de ingressos da Copa de 2006. Em troca, teria lançado 52 mil ingressos no mercado negro com preços três vezes mais caros do que os originais. A O & P Event Marketing seria a responsável por esta venda paralela, com lucros estimados em 12 milhões de euros (R$ 37 milhões).

Presidente do Comitê Organizador do Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman garantiu nesta quarta-feira a lisura do processo, disse que a entidade não recebeu nenhum comunicado sobre o assunto e que vai analisar qualquer problema que surja:

- Oficialmente não sabemos de nada. A concorrência foi feita com toda a documentação. A Copa do Mundo da Alemanha foi em 2006, então nós estamos falando de oito anos. E se até hoje eles não apresentaram a nós qualquer questão, nós imaginamos que não tenha qualquer problema de nós seguirmos. Se algum dia tivermos algum problema vamos ter que analisar - disse Nuzman, após a assinatura de contrato com a empresa chinesa 361º, que vai fornecer os uniformes dos voluntários e da força de trabalho dos Jogos de 2016.

De acordo com o dirigente, o Comitê Rio 2016 não tem motivo para procurar o Ministério Público de Munique e nem possui a função de investigar:  

- Nós não vamos procurar o Ministério Público. Se tivesse alguma coisa eles entrariam em contato conosco. Não fazemos o papel de polícia. Não há questão de temer ou não temer. Estamos cumprindo o nosso papel abertamente. É uma concorrência pública. Todos conheceram os concorrentes. Os que perderam conheciam. Apresentaram toda a documentação, a origem. Ninguém pode falar em hipótese. Vocês estão querendo julgar antes de ter a decisão. Se alguma coisa acontecer tomaremos providências. Mas no momento em que houve a concorrência e que ninguém apresentou algo contra, não é agora que nós vamos fazer o papel de polícia.

Na Copa do Mundo no Brasil, a Polícia Civil do Rio investigou a máfia que vendia ingressos. O britânico Ray Whelan, diretor da Match, empresa responsável pela comercialização das entradas, e o argelino Lamine Fofana, apontado como líder do esquema, chegaram a ser presos, mas foram liberados em agosto enquanto o caso está sendo analisado pela Justiça.  


Foto: Leonardo Filipo
Fonte: Globoesporte.com

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