O Centro Olímpico de Tênis está sendo construído para ser mais do que
o palco da modalidade nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de
Janeiro 2016. A instalação é vista como um legado e uma oportunidade de
crescimento do esporte no Brasil.
Além do tênis, o local receberá ainda competições de tênis em cadeira
de rodas e futebol de 5 em 2016. Depois dos Jogos, passará a funcionar
como parte do Centro Olímpico de Treinamento, voltado para a preparação
de atletas de alto rendimento.
Em ritmo avançado, as obras têm previsão de conclusão para o último
trimestre de 2015 e contarão com uma estrutura de ponta a nível
internacional.
Além da quadra central, com 10 mil lugares para o público, o complexo
terá ainda uma quadra temporária com capacidade para cinco mil
espectadores; outra permanente com três mil lugares; sete quadras
externas de competição com 250 lugares temporários cada; e seis quadras
para treinamento e aquecimento.
Avaliações positivas
Será a maior e melhor estrutura de tênis do país, algo visto com bons
olhos por Gustavo Kuerten, ex-número um do mundo e principal nome da
modalidade no Brasil ao lado de Maria Esther Bueno.
“O legado pode ser transformador, tanto no impacto no entusiasmo,
como também na estrutura. O Centro Olímpico de Tênis pode servir como um
centro de treinamento de referência e para competições que até hoje não
foram realizadas no Brasil”, opinou Guga, um dos membros do Conselho de
Esportes do Comitê Rio 2016.
Para Juan Margets, vice-presidente executivo da Federação
Internacional de Tênis (ITF, em inglês), a construção do Centro de Tênis
pode significar a entrada do Brasil no circuito dos principais torneios
da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).
“O legado desta instalação sempre foi tratado como prioridade. A
instalação estará pronta para receber torneios da ATP 500 e competições
equivalentes no feminino. E ainda terá condições, sem grandes ajustes
estruturais, de sediar um ATP 1.000 ou um torneio de ponta da WTA, o que
é extremamente importante para uma região de tanta tradição no tênis
como a América do Sul. Ao lado do Parque Roca, em Buenos Aires, será a
principal instalação do esporte no continente”, destacou Margets.
No coração dos Jogos
Em Londres 2012, o tênis foi disputado nas lendárias quadras de
Wimbledon, no mesmo complexo que recebe um dos quatro Grand Slam da
modalidade todo ano. Por isso, os tenistas que estiveram nos Jogos não
puderam viver a experiência olímpica por causa da distância entre os
locais.
No Rio de Janeiro, o Centro Olímpico de Tênis ficará no Parque
Olímpico, considerado o coração dos Jogos e muito próximo da Vila
Olímpica.
“Wimbledon foi a escolha óbvia, mas nossos atletas não viveram a
experiência de estar em um local onde outros esportes eram disputados e
ficaram muito distantes da Vila. A grande vantagem foi realizar a
competição no mais conhecido estádio de tênis do mundo, mas sentimos
falta de estar junto dos outros esportes e no Rio estaremos em uma
posição privilegiada, bem na entrada do Parque Olímpico da Barra. Isso é
ótimo para nós”, elogiou o dirigente da ITF.
A expectativa de Juan Margets é de que novamente as principais
estrelas do tênis mundial participem dos Jogos Olímpicos. Segundo ele,
os jogadores passaram a valorizar a medalha olímpica como uma conquista
importante além do circuito profissional.
“Eles agora entendem o valor de uma medalha e não há mais volta nesse
processo. Os Jogos Olímpicos são agora uma prioridade para os
principais jogadores. Durante o ciclo de quatro anos, são realizados 16
Grand Slams e isso mostra bem o quanto uma medalha olímpica é única e
especial. Então, Rafael Nadal, Serena Williams, Roger Federer, todos
eles sabem que não há muitas medalhas Olímpicas disponíveis para eles”,
destacou Margets.
Foto: EOM
Fonte: Brasil 2016
0 Comentários