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Terremoto, estrutura ruim e exposição à roubos. Treinador relata drama de tenistas no Chile


A vida de tenista não é fácil, principalmente quando se está começando, jogando juvenis, futures e até alguns challengers onde as exigências de organização são menores.

Praticamente todo jogador já passou dificuldade em um ou outro evento, mas o torneio Grau 4 em pontuação para o ranking mundial juvenil da Federação Internacional de Tênis,em Valle Alemana, no Chile, vem sendo um teste para os atletas de 15, 16, 17 anos que buscam crescer no ranking dos 18.

O terremoto de 6.6 graus na escala Richter do último sábado 23, junto com os diversos tremores no dia seguinte e a chuva, ajudaram a piorar a estrutura muito deficiente que os jogadores precisam conviver. Os tenistas estão expostos à roubos no próprio hotel, não têm comida adequada para um atleta comum e não têm opções de buscar outro local para ficar.

O relato abaixo é de Jurandyr Neto, técnico que acompanha sete atletas nacionais no local e que tem experiência em todos os tipos de torneio como técnico da CBT já tendo acompanhando nomes como Orlando Luz, Marcelo Zormann, entre outros, desde Grand Slams até eventos juvenis na América do Sul e Central.

"O torneio aqui no Chile é o pior que já vi na minha vida. Já passei por muitos lugares,muitos torneios, mas nunca vi um evento horrível como esse. Até mesmo em torneio da América Central, que não costumam ser bons, são melhores que aqui.

O evento era para começar no sábado e até domingo não havia iniciado por muita chuva e terremoto de sábado. Em nosso hotel, que fica dentro do clube onde é jogado o torneio, estraçalhou um vidro no quarto dos jogadores, mas graças a Deus foi só um susto, nada aconteceu com eles. Ficaram assustados, mas já está tudo bem. Espero que comece o quali nesta segunda-feira.

Não há estrutura para a alimentação. O café da manhã é um pão com queijo, um bolinho pequeno e suco ou café. E não podemos repetir. É um só. O café é servido só a partir das 9h, depois de muito brigar conseguimos que pusessem às 8h30. Os atletas que jogam cedo acabam sendo prejudicados.

Para almoçar não há nada perto. Somos obrigados a almoçar no clube e começam a servir às 13h30, um prato pequeno com uma bebida. Na janta a mesma coisa. Ontem foi um frango com maionese.

No hotel os quartos só têm uma chave que não adianta nada pois a porta não fecha, estamos expostos à roubos. Não há funcionários no hotel a partir das 22h e não há táxi para chamar. Isso só piora as coisas.

As quadras são bem ruins, com muitos desvios, mas confesso que já vi bem piores.

A internet é ruim e só funciona na recepção caindo toda hora. Outro problema é que não aceita cartão de crédito por aqui.

Quis levar os meninos para outro hotel, mas não tem como pois não há táxi."


O brasileiro Igor Marcondes perdeu na final para 
Christopher Kohl (CHI), por 2-1 (67, 64 e 76).


Fonte: Site Tênis News

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